A Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), tem como a mais atual definição de dor “uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial.” E ainda segundo a SBED, “a sensação de dor é subjetiva e individual”.
Segundo o psiquiatra americano George Hengel, na década de 1970, os estados de saúde e de doença devem ser analisados sob a perspectiva biopsicossocial. Isso significa que a dor nos avisa que algo está não está bem e este aviso pode estar relacionado com seu corpo, indicando alguma lesão ou uma doença, por exemplo; com suas emoções ou com o ambiente em que você vive e trabalha.
A partir dessas informações podemos entender melhor a dor, investigar as suas causas, gatilhos e doenças que podem estar associadas dentro da história individual. Os especialistas dizem que para que uma dor seja considerada crônica, ela deve persistir por mais de 3 meses ou por mais de 1 mês após a cura da doença que a originou. A dor crônica traz prejuízos nos relacionamentos, no trabalho, no âmbito social e no emocional.
O sofrimento que a dor proporciona, seja ela crônica ou não, ultrapassa o corpo, é também um sofrimento emocional. A dor traz com ela um certo nível de stress e o inverso também é verdadeiro: as emoções não resolvidas e o stress potencializam a dor. Percebe que é uma via de mão dupla? E aqui estamos falando de todo tipo de dor: dor crônica, dor de cabeça, dor abdominal, dores a partir de lesões…
O stress causado pela dor aumenta a sua intensidade e frequência, trazendo prejuízos acarretando mais stress, mais dor, mais prejuízos… É um ciclo de dor que se forma e se ele não é interrompido, vai se retroalimentar. As nossas crenças e a forma como interpretamos os acontecimentos, influenciam diretamente na percepção da dor, assim como o momento em que estamos vivendo. Num momento em que você está mais vulnerável, vai senti-la com mais intensidade.
Como a Terapia Cognitiva pode ajudar a quem sofre de dores?
A psicoterapia para a dor envolve ressignificar a percepção dos eventos. O terapeuta precisa ouvir a dor de forma ampla, naquele contexto que falamos no início deste texto, BIO = corpo, PSICO = emoções, SOCIAL = ambiente. A partir daí desenvolver junto com o paciente, habilidades e ferramentas para que o indivíduo consiga lidar com a dor e todo o prejuízo que ela causa a fim de minimizar seus efeitos.
Problemas e adversidades existem na vida de todos nós, porém, cuidar das emoções associadas aos eventos estressores em nossa vida nos ajuda a ter clareza para enfrentá-los, nos coloca no controle. Um evento estressor é qualquer situação que nos sobrecarrega e esta percepção de impotência diante de situações adversas é diferente para cada um de nós, é subjetiva. O que me estressa ou me deixa preocupada é diferente do que te estressa e pode desencadear alguma dor em você.
Com a ajuda do terapeuta, a pessoa identifica, questiona as crenças e os pensamentos desencadeadores da dor e a partir daí tem a capacidade de mudar a forma de experienciar situações criando estratégias para enfrentar a dor. Essa nova postura acarretará outras emoções associadas e um novo repertório de comportamentos perante os acontecimentos. Perceber a dor em sua intensidade, sofrimento e entender os gatilhos poderá potencializar o tratamento medicamentoso e seguir no caminho de ressignificar o fator estressor. Fazendo assim, você será parte ativa para conseguir lidar com o que te causa tanto desconforto.
Não se pode deixar de falar da importância de uma boa alimentação, qualidade do sono e da atividade física como partes importantes no tratamento. Já está mais que comprovado que a qualidade de vida com práticas diárias de bons hábitos influencia em todo o nosso organismo seja tanto para benefício do corpo quanto da mente, afinal são peças da mesma engrenagem. Questione o que você está fazendo ou deixando de fazer no seu dia para que a dor persista, reveja seus hábitos e procure um profissional caso sinta necessidade.
Terapia Casule
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