As crenças dos pais e cuidadores influenciam diretamente em como as crianças irão enxergar o mundo, o outro e principalmente a si mesmas. Todos nós temos nossos medos, ansiedades, sentimos raiva, tristeza e para cada um de nós as emoções têm uma intensidade, um significado e um motivo para que elas se expressem. Ensinar os pequenos a reconhecer as emoções, é muito importante para que tenhamos pessoas mais inteligentes emocionalmente.
Para que nós possamos ensinar os pequenos a lidar com o que nos é tão natural como as emoções, precisamos entender como nós mesmos lidamos com elas e assim transmitir esse ensinamento na prática.
Nossa vida sem emoções seria como uma vida sem cor, sem graça. As emoções precisam ser valorizadas para que recebam a devida atenção, afinal de contas são elas que nos mostram nossas necessidades, nos conectam com as outras pessoas, nos alertam para o que pode ser perigoso além de outras importantes funções.
Por exemplo, sentir um pouco de medo e ansiedade antes de uma apresentação nos impulsiona a fazer uma palestra melhor porque nos leva a nos preparar e estudar sobre o assunto sobre o qual vamos falar.
“O que estou sentindo? Por que eu estou sentindo isso? O que causou a emoção?”
Este é um exercício mental que deveria fazer parte do nosso cotidiano. Perceber as emoções antes que elas transbordem em explosões de raiva ou em uma resposta mal-educada a uma pessoa próxima traz essa conscientização para reconhecer o que se passa internamente e a partir daí aprender a se conectar consigo mesmo.
Afinal, o que é educar crianças emocionalmente?
Educar as crianças emocionalmente é ensiná-los a aceitar, respeitar, receber e entender o que se passa com suas emoções. Ao invés de mandá-las engolir o choro ou parar de sentir raiva do amiguinho, podemos acolhê-las em seus momentos emotivos e perguntar o que aconteceu para estarem daquela forma, o que estão sentindo e a partir daí deixá-las se expressarem. Fazendo assim, você os ensinará a identificar as emoções e os gatilhos para que possam aprender a lidar com as situações que virão.
Quando você valida o que se passa com uma criança, você a ensina a lidar com o problema e com o que ele causa ao invés de jogar para debaixo do tapete. Você ensina que o que se passa internamente com ela é importante e que ela não é a vítima de suas emoções e sim um sujeito ativo que pode escolher como agir. Ser um sujeito que se sente capaz de encarar as situações da vida, trará a esta criança uma sensação de potência em relação ao seu ambiente. Potência no sentido de se sentir apta para lidar com o que o mundo ao seu redor lhe causa.
Na prática isso significa que o problema existe, mas não é por isso que ela precisa sofrer e se entregar às emoções como se fosse impotente diante delas. O problema é real e está aí sem que possamos controlá-lo, mas o sofrimento é a parte que podemos administrar! Isso é diferente de ser onipotente ou impotente.
A onipotência neste caso nos traz a ideia de negar o problema. Ensinar a onipotência seria invalidar as emoções do pequeno, minimizar e negar o problema ou até mesmo ignorar o que causa desconforto nele. Ensinar a ser onipotente perante uma situação de stress é invalidar o sentimento de raiva ou frustração dizendo que perder o jogo não é motivo para chorar, sem nem querer saber como ele estaria processando aquela perda. O ensinamento aqui é de que é melhor reprimir os sentimentos porque eles não são importantes e não é disso que se trata a educação emocional.
Já impotência é quando assumimos uma postura vitimista diante do problema. No exemplo do jogo, ensinando-o a ser impotente diante da derrota, o adulto poderia tê-lo culpado pela perda ou apontar suas falhas no jogo e ele iria aprender a ser vítima do mundo ao seu redor, trazer a culpa para si mesmo ao invés de perceber o contexto e aprender!
Ensinar a ser potente é ajudar ao seu filho a enfrentar, pensar e aprender com o problema, mas não ser levado e dominado por ele. Assumir uma postura ativa em relação aos obstáculos que fazem parte de vida vai trazer uma sensação de segurança e de autoconfiança. Ensine-o a acreditar em si e a valorizar a sua essência!
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