Desde o início da pandemia, ouvimos falar muito sobre os efeitos do vírus no corpo e suas possíveis consequências físicas.
Pouco se fala sobre o aumento de pessoas com adoecimento emocional, manifestados exatamente por esse período de isolamento, medo, angústias e dúvidas.
Alguns transtornos mentais que já eram conhecidos pelo próprio indivíduo, e já eram acompanhados por um profissional, se tornaram mais intensos e as recaídas mais frequentes.
É possível perceber também, um grande aumento na evidência das desordens e incômodos emocionais que já existiam, mas que ainda não eram tratadas uma vez que não eram considerados ”importantes” ou ”comprometedores”
Teoricamente, aprendemos que cada organismo se adapta de sua forma individual e única, mesmo que estejam vivendo a mesma experiência.
No contexto da pandemia, isso se torna muito claro!
Cada família e cada pessoa, apesar do momento ser semelhante para todos, possui sua maneira específica de levar a vida, e enfrentar situações adversas.
Mas o que torna o enfrentamento da pandemia tão difícil e comprometedor?
O que vai tornar mais ou menos difícil de enfrentar, ou o que vai trazer consequências mais severas, irá depender da forma com que cada pessoa se desenvolveu e viveu a sua vida.
Não importa se é uma criança ou um idoso. Não importa a idade de cada um.
O que interfere é a forma como cada um enfrenta as situações, como elabora as mudanças e como aprendeu a se ”defender” de situações inesperadas ou difíceis.
O principal prejuízo emocional identificado nesse momento pandêmico, é o estresse.
Do ponto de vista da saúde mental, o estresse é marcado por uma pressão constante que obriga o nosso organismo a se adaptar e fazer algum tipo de mudança.
Na maior parte das vezes, conseguimos essa adaptação e nem percebemos que nos causou incômodo.
Porém, quando o organismo não consegue se adaptar, chamamos de crise desadaptativa.
Que poderá gerar várias adversidades como inquietude, irritabilidade, impulsividade, pensamentos agitados e acelerados, que podem vir a gerar desconfortos físicos como enxaquecas, dores de cabeça constantes, tensão muscular, desconforto abdominal.
Nesse período de pandemia, a principal situação de estresse identificada pelos profissionais é o Burnout, que é chamada de pressão pelo excesso de trabalho.
Mas, diante do contexto, os estudos identificaram os mesmos sintomas e efeitos prejudiciais da Síndrome de Burnout, em crianças, pelas mudanças no ritmo escolar. E também em situações onde o indivíduo não tenha uma relação direta com o trabalho, como por exemplo, por conta da pressão pelo convívio familiar forçado e por tempo indeterminado e também o próprio isolamento ou confinamento que nos fez perder a sensação de liberdade.
Por conta dessa nova realidade, percebe-se também um aumento significativo nos quadros de Ansiedade.
Marcados pelos sintomas de ansiedade generalizada, que como o nome diz, pode se estender por diversas situações ou eventos comuns. E pelos sintomas e crises de pânico ou fobias, que também são formas de manifestação da ansiedade, porém, por situações mais específicas e discriminadas.
Além do estresse e da ansiedade, os quadros de depressão se agravaram.
Tais quadros não englobam apenas aquelas pessoas que já apresentavam um quadro depressivo. Nesses casos, a depressão se intensificou e se tornou um pouco mais evidente e comprometedora.
Mas é importante ressaltar, que algumas pessoas deprimiram em função do afastamento social e familiar, que permitiu um aumento do sentimento de solidão e desamparo, e também das perdas afetivas daqueles que perderam pessoas queridas e mal conseguiram fazer uma elaboração do luto.
Outro adoecimento psíquico evidente, principalmente em pessoas que tiveram a experiência da contaminação pelo Covid-19, é o Transtorno de Estresse Pós Traumático (TEPT).
O TEPT é a forma mais grave da evolução dos quadros de estresse, uma vez que caracteriza uma ameaça à vida, pela aproximação e sensação iminente de morte.
O que torna esse tipo de transtorno grave e prejudicial é a frequencia que a pessoa revive essa experiência de morte, e se manifesta em dois principais sinais:
1.Sintomas Deprimidos que essa sensação traz – não é um transtorno de depressão comum, mas sim um sintoma depressivo causado por essa experiência traumática e pelas lembranças recorrentes do trauma.
2.Hipervigilância – a pessoa fica o tempo todo buscando e procurando a ameaça que causou o risco de morte, como se ela pudesse retornar a qualquer momento – atrapalha rotina do sono, de trabalho, momentos de lazer
Mas o que fazer diante de todos esses prejuízos emocionais?
Como lidar com tudo isso que está acontecendo?
Cada caso é um caso diferente e específico, mas de um modo geral, precisamos criar mecanismos de defesa pra evitar um momento de crise.
Para isso, precisamos elaborar ou simular esse momento de forma a entender melhor como os esquemas mal adaptativos se formam e poder prevenir tais acontecimentos e também criar estratégias de enfrentamento.
A ajuda profissional é extremamente importante nesse momento.
Mas o mais importante é a elaboração da Empatia.
Não é nada fácil conviver com uma pessoa que está sofrendo emocionalmente, mas o que agrava ainda mais esse sofrimento é a falta de compreensão, de solidariedade e de amparo das pessoas que estão próximas.
E se esse amparo e carinho em forma de cuidado não vier de perto, a recuperação e o tratamento se tornam extremamente mais difíceis.
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