TDAH na vida adulta: o que é?

Atualizado em 25/06/2015
Por Nayara Benevenuto

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TDAH na vida adulta: o que é?

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TDAH na vida adulta: comum na infância, transtorno afeta de 2% a 6% da população em idade produtiva.

Falar ao celular, comer, ler, mexer no computador, abrir a janela do quarto… Você tem o hábito de fazer várias coisas ao mesmo tempo e qualquer ruído normalmente o incomoda? Então, há grandes chances de ser um portador de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Mais comum na infância, o distúrbio passa despercebido nos primeiros anos de vida e os sintomas e desconfortos acabam tornando-se evidentes na fase adulta. As consequências podem influir diretamente no seu desempenho: dados recentes apontam que adultos com TDAH perdem, em média, 35 dias de trabalho por ano, além de gastar o dobro de tempo para realizar as tarefas.

Os sintomas mais comuns na vida adulta são problemas de desatenção para tarefas simples do cotidiano e do trabalho, bem como a memória. Não raro, os hiperativos são esquecidos, inquietos, impulsivos e vivem mudando de assunto. Por ter dificuldade em avaliar o próprio comportamento, podem ser considerados egoístas. Em 80% dos casos, a origem é genética. Um parente de primeiro grau tem o risco em apresentar o transtorno aumentado de duas a oito vezes.

Desatenção, hiperatividade e impulsividade estão entre os principais sintomas do TDAH. “O diagnóstico de TDAH em adultos é oficialmente reconhecido e atualmente há um corpo sólido de conhecimento científico evidenciando que a doença se mantém ao longo da vida, contrariando a ideia de que persistia apenas até a adolescência. A modificação ou atenuação dos sinais de hiperatividade e por vezes também os de impulsividade fazem do quadro no adulto um transtorno com predomínio de sintomas cognitivos, em contraposição ao quadro predominantemente motor e comportamental na infância”, ressalta o diretor da Associação Psiquiátrica de Brasília (APBr), Carlos Guilherme da Silva Figueiredo.

DIAGNÓSTICO

O especialista explica que problemas emocionais e de relacionamento comuns nessas pessoas, somado aos diversos transtornos que aparecem depois do TDAH, dificultam o diagnóstico e requerem do profissional uma maior perícia e familiaridade para lidar com ele.

O manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais (DSM) classifica a síndrome em três tipos: TDAH com predomínio de sintomas de desatenção; TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade e TDAH combinado. “Adultos com TDAH mantêm a tríade de sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade em graus variados. Eles apresentam, com frequência, comprometimento das funções executivas, incluindo ativação para as tarefas, persistência, planejamento, organização, automonitoramento, controle de impulsos, estabelecimento de prioridades, tomada de decisões e integração de diferentes atividades mentais de momento a momento. Em termos práticos, esse comprometimento acarreta problemas na estimativa e uso do tempo, com o cumprimento de obrigações, e dificuldades de colocar na vida prática proposições e combinações feitas no plano teórico. Essas funções têm um papel cada vez mais importante à medida que o indivíduo amadurece e passa a ser exigido em sua capacidade de autonomia para tomar decisões e resolver problemas do cotidiano”, acrescenta o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva.

PREVALÊNCIA

O distúrbio não é novo nem reflexo da vida cada dia mais corrida. Já no século 19 passou a ser descrito por especialistas. Desde a década de 1980, passou a surgir nas classificações internacionais. O primeiro medicamento estimulante, principal forma de tratamento, foi liberado para comercialização no Brasil apenas em 1998. “Nas últimas duas décadas, o interesse, as pesquisas e o conhecimento sobre o tema aumentaram significativamente”, aponta Figueiredo.

A prevalência na infância e adolescência varia entre 3% e 5%, enquanto nos adultos varia de 2% a 6%. Se não tratado, o distúrbio pode levar ainda a uma série de problemas comportamentais que impactam na saúde, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.

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A forma de tratamento mais utilizada envolve uma abordagem múltipla, englobando psicoterapia e prescrição de medicamentos com metilfenidato e antidepressivos. A eficácia do método é de 80% em média, segundo a ABP. O que depende de cada caso. “Além da redução da desatenção, da hiperatividade e da impulsividade, o tratamento melhora os comportamentos associados ao transtorno, como o desempenho acadêmico, no trabalho e o funcionamento social”, acrescenta Silva. Estudos recentes demonstram que a prevalência de TDAH é parecida em diferentes regiões do mundo, o que descarta fatores culturais ou geográficos relacionados a sua origem.

Quais os perfis mais comuns de adultos com TDAH no Brasil?

Descuido nas atividades, falta de organização, dificuldade em manter a concentração e atenção, inquietude, impulsividade e hiperatividade são apenas alguns dos sintomas típicos do adulto com TDAH.

Geralmente, são bem ou malsucedidos nos âmbitos social e profissional?

A instabilidade profissional, maior índice de desemprego e de desistência e evasões de universidades e cursos profissionalizantes, perdas e descuidos para datas e reuniões importantes, dificuldade para expressar suas ideias e para planejar-se, além de um rendimento abaixo da capacidade intelectual, são comuns em adultos.

Quais são as formas mais eficazes de tratamento para se amenizarem os efeitos, sobretudo no trabalho?

O tratamento do transtorno envolve uma abordagem múltipla, englobando intervenções psicossociais e psicofarmacológicas, com eficácia no tratamento de até 80%. Além da redução da desatenção, da hiperatividade e da impulsividade, o tratamento melhora os comportamentos associados ao transtorno, como o desempenho acadêmico, no trabalho e o funcionamento social.

O que é o TDAH?

É um transtorno neurobiológico, geralmente de causas genéticas, que aparece na infância e pode acompanhar o indivíduo por toda a vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Às vezes é chamado de Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA). Em inglês, é ADD, ADHD ou de AD/HD. É reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns países, como os EUA, os portadores são protegidos por lei para receberem tratamento diferenciado na escola.

Sintomas

– Desatenção
– Hiperatividade e impulsividade

Causas

– Estudos apontam predisposição genética e alterações nas substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios) na região frontal do cérebro
– Hereditariedade
– Substâncias ingeridas na gravidez, como nicotina e álcool
– Sofrimento fetal
– Exposição a chumbo
– Problemas familiares

Tratamento

Varia de acordo com a presença de mais doenças ou outros males associados. Consiste em psicoterapia e na prescrição de metilfenidato (medicamento psicoestimulante) e antidepressivos.

Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/01/26/noticia_saudeplena,152032/tdah-na-vida-adulta-comum-na-infancia-transtorno-afeta-de-2-a-6-da.shtml

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