O que é?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ter saúde é diferente de não ter doença, isto quer dizer que ter saúde é usufruir de um bem-estar psíquico, biológico e social.
A partir da definição da OMS é possível perceber que a doença é uma produção do próprio ser humano que adoece ao ser influenciado pelo mundo exterior.
Somatização é a geração de sintomas físicos a partir de uma condição psiquiátrica ou psicológica, como a ansiedade, por exemplo. É o termo médico usado para a expressão corporal do estresse e algumas emoções. O transtorno de somatização é um transtorno mental caracterizado por queixas recorrentes, múltiplas e atuais, clinicamente significativas, sobre sintomas somáticos, embora não seja possível detectar nenhum transtorno orgânico.
De fato, até 12% das visitas aos médicos são devidas a sintomas de somatização. Todo mundo experimenta a somatização em algum momento e em alguma medida, mas para algumas pessoas ela é tão intensa que atrapalha o cotidiano e requer tratamento.
Causas?
Devido a dificuldade para encontrar a origem do problema, a atenção ao diagnóstico e os tratamentos geralmente são dados ao sistema nervoso somático, a parte do sistema nervoso que leva informação sensorial e serve como canal para os impulsos elétricos que ativam a musculatura.
A somatização pode ser (mas nem sempre é) relacionada a uma condição psicológica, como transtornos afetivos (ansiedade e depressão, por exemplo). No entanto, apesar da extensa pesquisa nos últimos anos, os pesquisadores ainda estão incertos sobre as causas dos distúrbios somatiformes.
A genética parece contribuir pouco para o desenvolvimento desse distúrbio. Uma das explicações mais antigas para a somatização é de que ela seja resultado da tentativa do corpo de lidar com o estresse emocional e psicológico. A teoria afirma que o corpo tem uma capacidade finita de lidar com o sofrimento psicológico, emocional e social, e que, além de um certo ponto, os sintomas são sentidos como físicos, afetando principalmente o sistema digestivo, nervoso e reprodutivo.
Quando não conseguimos elaborar e ressignificar as emoções, que são os sentimentos vivenciados, nosso organismo entra em colapso, ou seja, o sistema psíquico (mente) avisa o sistema neurológico (cérebro) que há algo errado, este por sua vez repassa a informação ao sistema imunológico (órgão de defesa) que finalmente comunica ao sistema endócrino o problema, e este finalmente leva a uma alteração no organismo resultando no adoecimento.
Que pessoas podem desenvolver a somatização?
Por estatística, as mulheres tem mais probabilidade de somatizar que os homens e normalmente isso ocorre na juventude, antes dos 30 anos.
Além disso, encontraram correlações entre quem leva uma vida estressante, pessoas mais pobres e com menos estudo.
Este último dado pode servir para sugerir que as somatizações tem um componente situacional e que portanto, para estudá-las é preciso entender não só o indivíduo, mas a sua relação com o ambiente.
Qual é o mecanismo fisiológico da somatização?
Embora o transtorno de somatização venha sendo diagnosticado e estudado há mais de um século, ainda há debate e incerteza em relação à sua fisiopatologia.
As teorias cognitivas explicam o distúrbio da somatização como resultante de pensamentos negativos, distorcidos e catastróficos. O pensamento catastrófico pode levar a pessoa a acreditar que sintomas como uma dor muscular ou falta de ar leves, por exemplo, são evidências de uma doença grave, como câncer ou tumor. Esses pensamentos podem ser reforçados por fatores sociais que os apoiem: um cônjuge que responda com muita preocupação aos sinais de seu parceiro ou os filhos de pais excessivamente atentos às suas queixas, etc.
Como os sintomas costumam aparecer?
As somatizações mais comuns estão relacionadas com problemas sexuais (dor durante a penetração, disfunção erétil, vaginismo), dores contínuas de cabeça (inclusive enxaqueca), dores nas articulações, fadigas e fraquezas de intensidade leve, moderada ou grave, resfriados frequentes, asma, gastrite, dores no corpo sem causa aparente, problemas cardiorrespiratórios, ganho de peso, acometimento da pele por processos alérgicos, entre outros.
Quais as possíveis complicações da somatização?
O transtorno de somatização pode se associar com uma saúde debilitada, com dificuldades de funcionamento na vida cotidiana, com problemas de relacionamentos, com outros transtornos mentais (como ansiedade, depressão e transtornos de personalidade), com aumento do risco de suicídio e com problemas financeiros.
Tratamento?
Muitas vezes a pessoa pensa o pior sobre seus sintomas e frequentemente busca ajuda médica procurando confirmar sua explicação, mesmo quando quaisquer condições médicas já tenham sido excluídas. Contudo, a pior tentativa de ajuda é dizer ao paciente “você não tem nada”. Em primeiro lugar, porque ele não acreditará; em segundo lugar porque realmente não está correto: sentir algo quando tudo está fisiologicamente bem não é “não ter nada”, pelo contrário, significa ter algo muito significativo, embora não somático.
Na ausência de qualquer problema somático, o médico deve encaminhar o paciente a um profissional de saúde mental, para uma avaliação psicológica e possível psicoterapia.
A Terapia Cognitiva Comportamental pode ajudar a aliviar os sintomas associados aos transtornos de somatização, corrigindo pensamentos distorcidos, crenças irrealistas e comportamentos que estimulam a ansiedade.
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Fontes:
https://www.abc.med.br/p/psicologia-e-psiquiatria/1336328/somatizacao+o+que+e+quais+sao+as+causas+tem+tratamento.htm
https://blog.psicologiaviva.com.br/somatizacao/
https://psico.online/blog/somatizacao/