A ansiedade ou fobia social é quando a pessoa no contato social, no contato com o outro tem o seu objeto fóbico de medo, de ansiedade. Assim, qualquer circunstância que ela precise se expor a uma situação social desde as mais simples, como por exemplo, cumprimentar alguém, fazer ou receber um elogio, ela já sente uma ansiedade extrema e com sintomas físicos. Portanto, a esse quadro onde a pessoa tem uma ansiedade antecipatória, uma ansiedade no momento em que a situação está acontecendo onde pensamentos de medo, de ansiedade com relação a situações sociais acontecem, damos o nome de ansiedade social ou fobia social.
Contudo, existe não só tratamento efetivo para ansiedade social como também algumas estratégias utilizadas no seu tratamento. São elas:
Dessensibilização sistemática
É uma aproximação gradual, cooperativa de situações sociais. No primeiro momento é feito uma hierarquização, que é como se fosse uma escada onde cada degrau será uma determinada situação social desde as mais simples e menos desconfortáveis até situações que são extremamente desconfortáveis para a pessoa. Dessa forma, começamos expondo a pessoa e dando a ela habilidades e recursos para lidar com essa situações e não apenas jogando-a em situações sociais.
Assim, conversamos sobre a situação, como ela pode se comportar, de que maneira ela pode interpretar essa situação, como ela pode corrigir possíveis distorções cognitivas que ela tenha com relação a essa situação e assim ela vai para o primeiro degrau (que é a situação mais tranquila para ela suportar). Por exemplo, puxar uma conversa num ponto de ônibus ou fazer uma ligação para uma padaria perguntando sobre a fabricação de bolos. E, à medida que ela vai tendo mais segurança de que ela está conseguindo, de que ela está progredindo, a gente vai subindo os demais degraus da escada até ela atingir o degrau mais alto (o ponto máximo da ansiedade que varia de pessoa para pessoa).
Arsenal de Comunicação
nessa estratégia a gente lança mão de como eu posso puxar uma conversa, como eu posso manter uma conversa, quais as temáticas comuns. Por exemplo, uma pessoa que faz curso de inglês. Então, a gente vai definir quais seriam as temáticas comuns, que os outros alunos da turma de inglês gostariam de saber, gostariam de conversar? Viagens ou outros países de língua inglesa que as pessoas tenham conhecido? Há quanto tempo ela faz curso de inglês? Ela só fez curso de inglês ali ou ela já fez em outro lugar? Ela só teve aula com aquele professor ou já teve aula com outros professores? Então, conversamos sobre possíveis temas não apenas para puxar conversa como também para manter a conversa nos nichos de participação social que esse indivíduo tem.
Essa estratégia é importante porque a pessoa que tem a ansiedade social, muitas vezes, não sabe o que falar, tem medo de ser desagradável, inconveniente ou de ser desinteressante. Dessa maneira, quando trabalhamos esse arsenal de comunicação, a pessoa começa a perceber que ela não é tão desinteressante assim porque ela realmente usaria essa temática para começar a conversar com os meus amigos do inglês ou esse seria um assunto que eu geralmente uso para conversar com eles. E, o outro objetivo dessa técnica é realmente munir essa pessoa de formas de comunicação, de estratégias de comunicação para que ela se sinta mais segura para quando ela for empregar essas estratégias em um contato social.
Treinamento de Habilidades Sociais
O paciente é realmente treinado em habilidades, comportamentos, atitudes, que as pessoas que não tem ansiedade social geralmente utilizam em contatos sociais. No treinamento de habilidades sociais, coisas do tipo para onde eu olho, onde eu coloco a minha mão, que tom de voz eu devo usar, o arsenal de comunicação, que tipo de pergunta eu devo fazer para manter uma conversação, qual os trejeitos que eu tenho que ter, qual a minha postura como ouvinte, que tipo de pergunta eu posso fazer, como eu posso demonstrar interesse no assunto da outra pessoa sem ser muito invasivo(a).
Além disso, também existem técnicas ou estratégias de empoderamento, onde trabalhamos a auto estima dessa pessoa de forma que a gente deixe essa pessoa mais segura de si com maior sentimento de autoeficácia, de que ela é capaz, de que ela consegue. E, à medida que ela vai se expondo a essas situações sociais, é muito interessante o que acontece porque a cada vez que ela se expõe e ela tem sucesso, isso por si só é um motivador para que ela tenha um novo contato social. Assim, entramos num ciclo positivo onde a minha ansiedade diminui, a minha coragem aumenta e o meu sucesso é maior. Então, quanto mais habilidoso(a) eu sou, mais habilidoso(a) eu me torno.
Terapia Casule
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