A fibromialgia é uma síndrome caracterizada pelo aumento da sensibilidade dolorosa em diversos pontos do corpo, a chamada dor difusa, geralmente acompanhada de outros sintomas como distúrbio do sono, fadiga, ansiedade e depressão.
Muito comum entre mulheres, a fibromialgia não possui uma causa orgânica especificada e, por isso, muitas pessoas não acreditam que a dor seja real. As hipóteses da origem da síndrome vão desde disfunção do sistema fisiológico do estresse e distúrbios na modulação da dor no sistema nervoso central, até diferenças de perfis psicológicos, sensibilidade a mudanças, dificuldade de adaptação em novas circunstâncias e estresse devido ao trabalho.
O acompanhamento multiprofissional é fundamental para um bom prognóstico e alívio dos sintomas, envolvendo fisioterapia, atividades físicas, intervenção médica, psicológica e com uso de medicamentos apenas para o controle dos sintomas e das comorbidades. Do ponto de vista psicológico, existem evidências de que a psicoterapia auxilia o paciente a entender e interpretar melhor suas atitudes frente à dor e aos demais sintomas da fibromialgia, para enfrenta-los de maneira mais funcional e eficaz, visto que as pessoas com fibromialgia tendem a compartilhar os mesmos traços de personalidade e estratégias disfuncionais de enfrentamento dos problemas.
Mesmo considerando que a doença seja apenas de cunho biológico e não de origem psicológica, ainda assim o acompanhamento psicológico se faz necessário, pois a própria doença produz uma queda na qualidade de vida dos pacientes, o que pode causar o agravamento da síndrome.
A terapia cognitivo-comportamental tem se mostrado eficaz no tratamento da fibromialgia, com estudos que demonstram melhoria funcional dessas pessoas, bem como da qualidade de vida das mesmas, através de técnicas como relaxamento muscular, técnicas de distração e estratégias cognitivas para reduzir o sentimento de angústia e fortalecer o enfrentamento ativo.
A busca pelo tratamento deve ser realizada logo no início do aparecimento dos sintomas.