Durante nossa vida, vivenciamos momentos bons e ruins. E esses momentos podem despertar diferentes emoções e reações.
O que você faz quando passa por situações que fogem do seu controle? Você mantém a calma e tente resolver o problema, ou você se desespera e acaba ficando paralisado ou descontando toda a sua raiva e frustração em quem não devia e se arrepende depois?
Gerenciar nossas próprias emoções nos permite levar uma vida mais saudável e equilibrada e viver em harmonia com as pessoas que estão ao nosso redor.
Pessoas que sabem reconhecer as emoções, em si e nos outros, e que sabem administrar aquilo que estão sentindo, constroem relações mais satisfatórias com quem convivem.
As emoções nos auxiliam em muitas decisões que precisam ser tomadas de forma rápida, sem que tenhamos que pensar muito sobre o que está acontecendo.
Quando sentimos medo, por exemplo, surge um impulso muito forte para fugir ou evitar uma situação, antes mesmo que tenhamos tomado esta decisão. E esse impulso pode nos prevenir de algumas situações que poderiam colocar nossa vida em risco.
As emoções também nos dão informações importantes sobre aquilo que o outro está sentindo e também revelam para o outro como nós nos sentimos em determinada situação, permitindo-nos regular o comportamento de acordo com a situação.
Daniel Goleman, autor do best seller “Inteligência Emocional” (2007) defende que cada emoção desempenha uma função específica, preparando o corpo para diferentes tipos de resposta.
Segundo a sua teoria, a raiva gera uma forte energia para uma atuação vigorosa, o medofacilita a fuga, a felicidade fornece ao organismo disposição e entusiasmo para executar qualquer tarefa e a tristeza permite o ajustamento a uma grande perda.
Cada emoção que sentimos desempenha um papel fundamental para nossa sobrevivência.
Sentimos raiva, por exemplo, quando percebemos que fomos ofendidos ou injustiçados de alguma forma. Nosso organismo, então, gera energia extra, através da aceleração dos batimentos cardíacos e da respiração, que nos prepara para nos defendermos e lutar pelos nossos direitos.
O medo aparece quando interpretamos determinadas situações como potencialmente perigosas, nos permitindo escapar de situações que nos colocariam em perigo. Entretanto, as vezes, enxergamos perigos demais onde não existem e acabamos ficando paralisados e com medo de encarar o mundo.
A ansiedade, tão frequente no nosso mundo atual, é desencadeada quando começamos a nos preocupar demais com o futuro, antecipando conseqüências das nossas ações e imaginando resultados possíveis e geralmente catastróficos. Antecipar o futuro é útil, na medida em que permite que nos prepararemos para ele. Entretanto, sofrer antecipadamente, e em excesso, por coisas que nem aconteceram e que nem podemos controlar, é desnecessário e prejudicial para a nossa saúde.
A tristeza também tem a sua função. Quando estamos tristes, tendemos a nos isolar das pessoas e focar nossa atenção e energia em nossos próprios pensamentos. Esse ato de nos desligarmos do mundo externo e voltar para nós mesmos, nos ajuda a pensar e elaborar uma perda, real ou percebida, e desenvolver estratégias para enfrentá-la. Porém, quando a tristeza dura além do que o tempo necessário ou é muito intensa, ela acaba retirando de nós o prazer pela vida e nos impedindo de continuar, apesar das adversidades.
Portanto, vimos que cada emoção tem uma função, que permite a nossa adaptação aos diferentes momentos que podemos vivenciar, nos preparando para enfrentar diferentes situações que podemos encontrar ao longo da nossa existência.
Elas só começam a nos prejudicar quando o equilíbrio é perdido e começamos a senti-las de forma exagerada ou a não senti-las.
REFERÊNCIAS:
DARWIN, Charles. A Expressão das Emoções nos Homens e nos Animais. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
EKMAN, Paul. A Linguagem das Emoções. São Paulo: Lua de Papel, 2011.
GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.
_______________. Inteligência Social: O Poder das Relações Humanas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
Fonte: https://psicologatatianetedesco.wordpress.com/2014/09/03/voce-sabe-para-que-servem-as-emocoes/ ; Tatiane Tedesco .