A violência, seja ela qual for, é um fenômeno claramente prejudicial para a saúde humana. Quando pensamos em infância então o assunto é ainda mais sério pois estamos falando de sujeitos que ainda estão em desenvolvimento e que não entendem completamente a forma como o mundo funciona. Essa “inocência infantil” pode se tornar profundamente abalada quando confrontada por episódios de violência. Como exatamente ela afeta a vida de crianças adolescentes pelo mundo afora cada dia mais?
Os relatórios oficiais da Organização Mundial de Saúde indicam 5 principais consequências possíveis para a saúde mental de crianças e jovens:
· Ansiedade
· Depressão
· Comportamentos agressivos
· Tentativa de suicídio e pensamentos constantes sobre morte.
· Transtorno de estresse pós-traumático
Essas consequências podem aparecer de diversas formas, juntas, separadas e em momentos distintos. A manifestação dos sintomas vai depender do histórico de vida e da faixa etária de quem sofreu a violência. Por exemplo, um menino de 8 anos, que tenha apanhado muito de seu pai, pode deesnvolver sintomas depressivos leves e isolamento social, enquanto uma menina de 14 anos, vítima de estupro, apresente algum transtorno grave de ansiedade.
Se considerarmos os impactos para além da saúde mental temos também:
· Lesões físicas;
· Doenças crônicas como a diabetes;
· Comportamentos de risco como o sedentarismo, obesidade e consumo de álcool, cigarro e outras drogas;
· Doenças sexualmente transmissíveis;
· Gravidez não planejada e complicações na gravidez.
Na grande maioria dos casos de violência existe demanda significativa para um trabalho multiprofissional envolvendo psicólogos, médicos, enfermeiros e assistentes sociais. A psicoterapia se mostra como uma das principais formas de cuidado e acolhimento do sofrimento resultante da violência, podendo ser indicada tão logo tenha sido detectada a violência.
5 formas de contribuir para a saúde mental do seu filho durante e depois da pandemia
O contexto atual de pandemia envolvendo o isolamento social, uso excessivo de tecnologia e distanciamento da escola trouxe mudanças profundas na rotina das crianças e adolescentes. A escola sendo um espaço, para além da educação formal, de troca e interações contínuas, favorece o amadurecimento de aspectos muito importantes para o desenvolvimento saudável de uma criança/adolescente.
O contato constante de uma criança com outras da mesma idade, ou de idades próximas, estimula o vínculo afetivo, as habilidades sociais e também a tolerância à frustração, já que elas podem, frequentemente, se deparar com situações desafiadoras como por exemplo eleger a brincadeira do grupo, dividir brinquedos ou resolver brigas entre amigos; dessa maneira, elas são desafiadas a encontrar soluções para seus problemas de forma mais autônoma (mediada pelos educadores). Essas situações desafiadoras podem estimular o desenvolvimento de boas relações sociais, habilidades de planejamento, execução de tarefas, resolução de problemas e inteligência emocional, contribuindo, consequentemente, para a saúde mental.
A escola, ao sair de cena, coloca a família em destaque. As interações, antes entre amigos e colegas, agora são “substituídas” por irmãos, pais e outros familiares. Como podemos contribuir para a saúde mental dos pequenos em um momento como esse em que estão sendo privados de relações tão ricas e importantes?
Aqui estão 5 atitudes básicas que podem contribuir para minimizar os efeitos da pandemia e também proteger a saúde mental de crianças e adolescentes também depois dela:
1) Permita e estimule a expressão dos sentimentos. Nem sempre eles conseguem expressar seus sentimentos pela fala, por isso é muito importante buscar criar um ambiente familiar seguro e acolhedor. Preste atenção também em quando eles precisam se expressar, tão importante quanto o espaço e forma de expressão é também o seu momento!
2) Não esconda o que está acontecendo. Crianças e adolescentes são plenamente capazes de perceber quando algo não vai bem! Esconder situações pode gerar sentimentos negativos de culpa, solidão, desconfiança e medo.
3) Evite sobrecarga de tarefas e compromissos. O excesso de atividades e pouco lazer podem gerar exaustão mental e aumentar o estresse, possibilitando o surgimento de consequências mais sérias para a saúde.
4) Estimule o convívio e o sentimento de pertencimento familiar. Busque atividades lúdicas e recreativas que todos os membros da família possam fazer juntos, elas podem fazer toda a diferença para a saúde mental!
5) Fique atento a mudanças bruscas. Qualquer mudança repentina de humor, comportamento, rendimento escolar, sono, alimentação e autocuidado podem ser indicadores de que algo não vai bem.
O cuidado da saúde mental infantil é essencial para prevenir transtornos mentais na vida adulta, além de desenvolver a autoconfiança, compreensão das próprias emoções, autonomia, bem-estar e boas relações sociais.
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