Crianças assistindo televisão ao mesmo tempo que interagem com o tablet e jogam no celular, quem já não presenciou uma cena dessas? Em tempos de constante mudanças e evoluções tecnológicas, cada vez mais as crianças estão sendo precocemente estimuladas por aparelhos eletrônicos e rotinas com tantos compromissos que se assemelham com agendas de adultos.
Com a correria do dia a dia e com as cobranças por performance, conhecimento e desenvolvimento dos filhos, parece quase impossível relaxar, tendo os pais que se desdobrarem para conseguir cumprir todos os compromissos de seus filhos. O excesso de cobrança é prejudicial pois contribui para que a criança desenvolva insegurança e ansiedade. A ansiedade pode ser vivida como algo confuso para as crianças, pois elas estão aprendendo a identificar, nomear e compreender as emoções, podendo até mesmo interpretar a ansiedade e sentimentos advindos de cobranças, como raiva e/ou medo e reagindo como tal.
Portanto, é de suma importância que os pais e outras pessoas capacitadas, auxiliem na compreensão de emoções tão intensas. Sempre que possível, apoie ao invés de julgar e reprimir o que as crianças estão sentindo. Trabalhar a auto estima da criança, o senso de auto eficácia, a visão de ser humano integral e completo, que é por si só um ser de valor, independente do que faça, das tarefas que cumpra, da performance que tem, ajudará as crianças a se sentirem mais potentes e menos vulneráveis às pressões sociais. E como desacelerar o ritmo e proporcionar relaxamento para as crianças? Técnicas de respiração que ajudam a acalmar a mente e com isso reduzem a ansiedade, práticas de atividades ao ar livre estimula a criatividade e quebra uma rotina puxada, criar o dia da família, em que atividades como preparar biscoitos ou pizza, jogar uma partida de jogo de tabuleiro, ou fazer uma dinâmica de grupo com os familiares pode ser mais divertido do que se imagina.
Passar mais horas juntos para estreitar vínculos é de suma importância e traz muitos benefícios para o desenvolvimento afetivo e psíquico da criança. Não há uma receita de bolo, mas com amor, carinho, cuidado e empatia as coisas se ajeitam, as crianças se sentem mais seguras, amparadas e tendem a sofrer menos as pressões do meio externo.