Durante o mês de julho é realizada uma campanha nacional de conscientização para a prevenção e o combate ao câncer de cabeça e pescoço denominada Julho Verde. Os tumores de cabeça e pescoço podem atingir boca, língua, palato mole ou duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago, tireoide e seios paranasais.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer são:
– tabagismo
– consumo de álcool
– infecções por papilomavírus (HPV)
Sinais e sintomas
O diagnóstico tardio acontece em mais de 60% dos casos, muitas vezes porque os tumores de cabeça e pescoço podem não apresentar sintomas no início do seu desenvolvimento. Porém, o diagnóstico tardio dificulta o tratamento, diminuindo as chances de cura. Por isso é tão importante a conscientização sobre os fatores de risco, sua prevenção e a identificação dos sintomas precocemente.
É importante ficar atento aos seguintes sintomas:
– feridas na boca que demoram a cicatrizar
– manchas brancas na boca
– nódulos no pescoço
– mudança na voz e rouquidão por mais de 15 dias
– dificuldade para engolir
Incidência
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, a cada ano surgem 43 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil. Entre as mulheres, os tumores malignos da tireoide são o tipo mais comum, sendo o quinto tipo de câncer mais comum entre elas, enquanto o câncer de cavidade oral é o tipo de tumor maligno de cabeça e pescoço mais comum entre os homens brasileiros, sendo o segundo tipo de câncer mais comum entre eles, ficando atrás apenas do câncer de próstata.
Consequências
Só os cânceres de laringe e cavidade oral contabilizam cerca de 10 mil mortes por ano no Brasil, sendo que os indivíduos que sobrevivem enfrentam diversas complicações que afetam significativamente sua qualidade de vida durante e após o tratamento.
Algumas das consequências mais comuns são alterações na fala, na voz e na deglutição, uma vez que a prática adotada durante o tratamento do câncer de cabeça e pescoço (cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia) pode levar à paralisia das pregas vocais, diminuição do olfato e do paladar, diminuição da produção de saliva, edema da laringe, inflamação da mucosa da cavidade oral, fibrose, entre outras sequelas. O tratamento fonoaudiológico realizado na reabilitação dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço visa otimizar a potencialidade das estruturas remanescentes e desenvolver mecanismos de compensação para as funções que estão prejudicadas, objetivando um padrão miofuncional o mais próximo possível do normal, contribuindo, dessa forma, na readaptação para uma alimentação segura e desenvolvendo estratégias para uma melhor comunicação do paciente.
Para saber um pouco mais sobre o câncer de cabeça e pescoço e a campanha Julho Verde, acesse: http://www.sbccp.org.br e http://www.acbgbrasil.org/julhoverde/