O transtorno do pânico é uma doença de curso crônico, caracterizada pela presença de ataques recorrentes e inesperados de ansiedade, seguidos de sintomas físicos e afetivos, medo de sofrer um novo ataque e a evitação de eventos e/ou situações em que os ataques de pânico ocorreram. O ataque de pânico é um surto abrupto de medo intenso que alcança um pico em minutos o qual podem ocorrer os seguintes sintomas, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V):
- Palpitações, coração acelerado, taquicardia;
- Sudorese;
- Tremores ou abalos;
- Sensação de falta de ar ou sufocamento;
- Sensação de asfixia;
- Dor ou desconforto torácico;
- Náuseas ou desconforto abdominal;
- Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio;
- Calafrios ou ondas de calor;
- Sensação de formigamento;
- Sensações de irrealidade (desrealização) ou sensação de estar distanciando de si mesmo (despersonalização);
- Medo de perder ou controle ou de “enlouquecer”;
- Medo de morrer;
Geralmente, o transtorno do pânico se manifesta no final da adolescência ou no início da vida adulta. Na população geral, a estimativa de prevalência de 12 meses para o transtorno de pânico é de 2 a 3% em adultos e adolescentes. Além disso, indivíduos do sexo feminino são afetados mais frequentemente do que os do sexo masculino, na razão de 2:1. Outro dado importante a ser considerado é o elevado nível de prejuízo social, profissional e física nos pacientes com transtorno do pânico, o que acarreta um declínio considerável da qualidade de vida.
Acredita-se que os ataques de pânico surgem a partir de interpretações distorcidas e catastróficas dos sintomas físicos. Tais interpretações aumentam a excitação corporal, confirmando, desta forma, uma noção de “perigo” iminente e gerando mais interpretações catastróficas e ansiedade. Logo, um ataque de pânico representa um “alarme falso”. Conforme está representado na Figura, as “reações de alarme” são mais prováveis em indivíduos biologicamente (herança genética) ou psicologicamente (sensibilidade aos sintomas de ansiedade) vulneráveis. Geralmente, após o primeiro ataque, a pessoa fica apreensiva sobre novos ataques e desenvolve medo das sensações físicas e afetivas. Com a repetição dos ataques de pânico, cada vez mais os indivíduos se tornam progressivamente mais sensíveis aos estímulos internos e a situações e/ou locais em que o ataque ocorreu, elevando ainda mais a vigilância sobre qualquer sensação física. Combinado a isso, há o medo de sofrer outro ataque, levando o indivíduo a evitar os sintomas somáticos ou lugares associados a ataques prévios (agorafobia). Em conseqüência, os pacientes começam a ter limitações em suas atividades cotidianas.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) para transtorno do pânico é uma alternativa terapêutica que possui boa resposta de curto e de longo prazo para a diminuição dos sintomas. Assim, a TCC é utilizada para corrigir interpretações e reestruturar crenças distorcidas associadas ao transtorno do pânico, além de ajudar o paciente a retomar sua vida de forma mais funcional e produtiva.
A Casule Saúde e Bem-estar é uma clínica que oferece a Juiz de Fora uma equipe de terapeutas cognitivo-comportamentais, com formação e experiência adequada para melhor atender a pacientes com transtorno do pânico, bem como outros transtornos psicológicos.