A procrastinação é o adiamento de uma ação que você poderia ou deveria fazer naquele momento, sabe que é de extrema importância mas prefere deixar para depois. O pesquisador Piers Steel explica que existem dois mecanismos importantes no cérebro que contribuem para que um indivíduo procrastine.
O primeiro é o sistema límbico, que é conectado com a parte do cérebro ligada ao prazer. “Quando você sente vontade de algo, quando realmente quer conseguir fazer alguma coisa, é o sistema límbico que está controlando o processo”, afirma Steel. “O problema é que esse sistema só liga para prazeres e dores imediatas”.
Já o segundo é o córtex pré-frontal, que tenta controlar as vontades e a ambição do sistema límbico. É ele quem faz planos a longo prazo. “Mas a maior fraqueza do córtex pré-frontal é o cansaço”. Isso quer dizer que, quando nós procrastinamos, o córtex pré-frontal planeja o futuro, mas o sistema límbico intervém, pedindo uma ação que traga prazer instantâneo.
Podemos separar a procrastinação em dois grupos, o grupo das atividades concretas que tem uma data limite para finalização como por exemplo a entrega de um relatório para o trabalho ou entrega do seu trabalho de conclusão de curso (TCC). E o grupo das atividades subjetivas, que são aquelas tarefas que não possuí um prazo limite, ninguém nos cobra, temos o desejo de realizar mas preferimos empurrar, ou melhor, procrastinar.
A procrastinação de projetos específicos acaba sendo mais fácil de ser administrada, quem nunca se percebeu fazendo algo no prazo limite, nos famosos 45 min do segundo tempo, muitas vezes perdendo noites e noites de sono para conseguir entregar no prazo, né? Essa “ facilidade” ocorre pelo fato de que é mais fácil mobilizarmos energia para entregar quando estamos sob pressão, do que quando temos a opção de simplesmente ignorar.
Projetos subjetivos nos dá uma falsa sensação de que ainda temos muito tempo, são aqueles projetos que ninguém nos cobra como por exemplo: sonhos, metas e propósitos. Quando nos damos conta o tempo passou, envelhecemos, e não fizemos nada para mudar algo que nos incomoda ou adquirir bens que idealizamos.
Mas como faço para identificar e mudar esse comportamento?
– Respire: A frequência do treino de mindfulness (atenção plena), que é um tipo de meditação, provoca neuroplasticidade (adaptação do cérebro) e faz com que voltar ao foco se torne uma habilidade.
– Faça uma agenda possível: De nada adianta você colocar na sua agenda 30 compromissos se na verdade você sabe que só conseguirá cumprir 15 Isso contribuirá para que comece o dia desmotivado (a).
– Tenha suas metas claras: Uma dica é que no dia anterior, à noite, você eleja um top 5 de suas metas. É importante a tarefa ser realizada no dia anterior para que não seja influenciado por suas emoções momentâneas, isso ajudará a racionalização do que realmente precisa ser feito.
– Não se puna por procrastinar: Quanto mais você se cobrar e se culpar, sintomas ansiosos surgirão e menos tempo e disposição você terá para fazer o que precisa ser feito.
– Se recompense após as atividades: Após cumprir suas metas, tire um tempo para realizar atividades prazerosas como conversar com seus amigos, conferir suas redes sociais ou ver aquele episódio da sua serie preferida.
Lembre-se: Você é a única pessoa que tem o poder de mudar sua situação. Acredite!