compulsão sexual

Quando o “gostar de sexo” passa a ser um problema?

Atualizado em 01/08/2017
Por Redatora Casule

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Atualizado em 01/08/2017
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Quando o “gostar de sexo” passa a ser um problema?

Há pessoas para as quais a sexualidade está longe de ser saudável e a vontade de fazer sexo nunca é saciada, independentemente do número e da frequência das relações.

Nos homens, o nome correto é donjuanismo, ou satiríase, enquanto as mulheres viciadas em sexo são chamadas de ninfomaníacas.

No entanto, antes de começar a discutir qualquer questão a respeito da compulsão sexual, é preciso primeiro esclarecer que existe uma enorme diferença entre ser compulsivo e gostar muito de sexo.

O fato da pessoa ter uma vida sexual intensa, de maneira alguma é um sintoma da compulsão sexual. Ter muita vontade de transar não caracteriza um transtorno. A diferença é que o compulsivo não consegue resistir aos pensamentos e desejos, que precisam ser saciados no mesmo momento, não importando com quem.

A Compulsão Sexual é caracterizada por fantasias  e comportamentos sexuais (por exemplo, masturbação excessiva, uso excessivo de pornografia, múltiplos parceiros sexuais ocasionais) que aumentam de intensidade e frequência ao longo do tempo causando consequências adversas na vida, incluindo distanciamento familiar ou dos entes queridos, prejuízo no desempenho profissional ou nos estudos, alto consumo de pornografia ou de uso da internet para sexo virtual e/ou real, prejuízo financeiro, doenças sexualmente transmissíveis e elevada troca de parceiros sexuais.

História familiar de compulsão sexual ou dependência ao álcool ou outras drogas; famílias com funcionamento problemático e abuso sexual durante a infância podem favorecer o surgimento da compulsão sexual por causarem desajustes psicológicos. Não há números precisos nem explicação definitiva, mas a experiência médica indica que 90% dos casos acomete os homens por volta dos 35 anos.

Os comportamentos de uma pessoa dependente de sexo podem ser caracterizados pelos seguintes passos, formando um ciclo que se repete constantemente:

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  • Preocupação antecipatória: o indivíduo apresenta pensamentos recorrentes sobre sexo, com sensação de ansiedade, excitação, “transe”;
  • “Ritualização”: o indivíduo estabelece rotinas especiais que o conduzem às atividades sexuais. Por exemplo, tranca a porta do escritório e pega materiais pornográficos em uma gaveta trancada deixada para tal; inventa uma história no trabalho ou em casa, pega o carro e dirigi-se a locais mais ou menos conhecidos para atividades sexuais;
  • Ato sexual propriamente dito;
  • Sensação de vazio, impotência ou desespero: o indivíduo comumente sente que mais uma vez não conseguiu controlar seu comportamento sexual.

A busca por excitação entre pessoas com quadros de dependência de sexo é bastante similar à de outras síndromes de dependência por substâncias. O indivíduo demonstra perda do controle sobre o comportamento, sensação de ansiedade e irritação quando não desempenha o comportamento, progressivo aumento da “ritualização”, diminuição do repertório de outras atividades prazerosas, prejuízos pessoais, familiares, sociais e no trabalho em decorrência disso.

Tendo em vista a semelhança comportamental entre esses indivíduos e aqueles dependentes de drogas, foram criados critérios para o diagnóstico da Dependência de Sexo, baseados nos critérios utilizados para o diagnóstico da Síndrome de Dependência de Substâncias (Goodman, 1990).

São eles:

  • Padrão de comportamento recorrente, ocasionando desconforto ou comprometimento clínico significativo, que se manifesta por três (ou mais) das seguintes características, persistentes por um período de 12 meses:
    Envolvimento frequente em atividades sexuais por mais vezes ou durante tempo maior que o pretendido inicialmente.
  • Tentativas mal-sucedidas de redução ou controle desse comportamento sexual;
  • Gasto excessivo de tempo em atividades relacionadas a esse comportamento sexual;
  • Desistência de outras atividades sociais, ocupacionais ou recreativas em decorrência desse comportamento sexual;
  • Continuidade da atividade sexual apesar de frequentemente apresentar problemas sociais, financeiros, psicológicos ou físicos causados por esse comportamento;
  • Necessidade progressiva de aumentar a frequência ou a intensidade dessa atividade sexual para obtenção dos mesmos níveis de prazer;
  • Inquietação ou irritação diante da impossibilidade de exercer essa atividade sexual.

Também é importante considerar que pessoas que padecem de Dependência de Sexo comumente demonstram outros transtornos psiquiátricos comórbidos, como síndromes depressivas e ansiosas, dependência de álcool e outras drogas e transtornos da personalidade. É fundamental a avaliação médica e psicológica rigorosa objetivando o diagnóstico correto e a proposta terapêutica mais adequada possível e sempre baseada em evidência científica de efetividade.

O grande problema de lidar com essa doença é o fato de que o sexo envolve prazer. Nesse sentido, a compulsão não incomoda e, a princípio, não parece fazer mal. Por isso é bastante comum que o compulsivo sexual conviva com esse transtorno por muitos anos, antes de perceber que se trata de um problema sério.

Existem várias formas de tratamento para pessoas que padecem desse transtorno: terapia cognitivo-comportamental, farmacoterapia e grupos de mútua-ajuda, como o DASA (Dependentes de Amor e Sexo Anônimos), por exemplo.

Em algumas situações, o portador do comportamento sexualmente impulsivo não consegue se controlar apenas com o tratamento psicoterapêutico e psicossocial, necessitando de abordagem farmacológica. Existem medicações que ajudam o paciente a controlar o comportamento impulsivo.

Atualmente, as mais prescritas são os antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina. De qualquer forma, a utilização das medicações deve sempre ser associada com o tratamento psicoterapêutico, tendo em vista a multiplicidade de fatores relacionados com o comportamento.

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