Transtorno Obsessivo-Compulsivo na infância e na adolescência - casule

Transtorno Obsessivo-Compulsivo na infância e na adolescência

Atualizado em 11/01/2018
Por Nayara Benevenuto

Transtorno Obsessivo-Compulsivo na infância e na adolescência

Atualizado em 11/01/2018
Por Nayara Benevenuto
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Transtorno Obsessivo-Compulsivo na infância e na adolescência

O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é um transtorno mental grave, muito comum na infância e na adolescência, já que em muitos casos, ele é iniciado nessa faixa etária. O TOC gera um grande sofrimento aos pacientes, ainda mais quando trata-se de crianças, pois estão em pleno desenvolvimento, reduzindo o rendimento escolar, as relações sociais e familiares ficam comprometidas, além de gerar medo, ansiedade, preocupação e muitas vezes, sentimento de tristeza e vergonha.

É importante destacar a importância do diagnóstico e tratamento precoce para impedir o agravamento dos sintomas. No TOC, a mente é invadida por pensamentos obsessivos e intrusivos de conteúdo catastrófico e o paciente responde com a realização de compulsões na tentativa de afastar ou neutralizar o medo de possíveis consequências desastrosas relacionadas a tais obsessões, diminuindo a ansiedade e causando alívio. Porém, pouco tempo depois, esse ciclo se torna vicioso.

 

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Mesmo o TOC sendo um transtorno muito comum na infância, muitas vezes ele não é detectado logo no início do aparecimento dos sintomas, apenas é percebido pelos familiares quando a criança apresenta alguma mudança no comportamento ou na rotina. Uma dificuldade muito comum é diferenciar o que seria um comportamento normal e um comportamento excessivo (exemplo: criança demora muito tempo no banho ou repete a mesma pergunta várias vezes). De modo geral, alguns comportamentos repetitivos e rituais são normais e fazem parte do desenvolvimento da criança. Crianças pré-escolares apresentam comportamentos repetitivos, por exemplo, a mesma forma de dar “boa noite”, de comer, a demora no banho. Já na fase escolar é comum a criança colecionar objetos e ficar mais tempo fazendo uma única atividade, como brincar com o mesmo jogo. Na adolescência, é comum aumentar o interesse por celebridades, pela música, colecionar objetos, mas nada que interfira negativamente na vida do adolescente.

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As manifestações do TOC são semelhantes às dos adultos, sendo comuns pensamentos obsessivos seguidos de rituais compulsivos ou comportamentos evitativos. Os sintomas mais comuns são:

  • medos de contaminação seguidos de compulsão por limpeza. Exemplo: não dividir o lanche, evitar usar o banheiro da escola por considerar que está contaminado/sujo, lavar as mãos excessivamente, tomar banho demorado e de modo ritualizado.
  • dúvidas seguidas de verificações ou de perguntas repetidas, ou ainda, da necessidade de confirmação. Exemplo: verificar os materiais da mochila, ver se fechou a janela e a porta.
  • preocupações com simetria, alinhamento ou exatidão, necessidade de refazer várias vezes uma atividade para que fiquem perfeitas ou completas. Exemplo: alinhar os brinquedos no armário, passar as anotações da aula a limpo várias vezes.
  • pensamentos de conteúdo indesejado e repugnante. Exemplo: medo de ser responsável por algum desastre, medo de dizer algo obsceno.
  • acumulação compulsiva. Exemplo: guardar objetos sem valor ou quebrados.
  • comportamentos repetitivos. Esses comportamentos são semelhantes a tiques, são compulsões não precedidas de pensamentos obsessivos, e sim por um sentimento de urgência e de tensão. Exemplo: olhar fixamente, tocar as mãos.
  • compulsões mentais. São “atos” mentais como contar, repetir palavras, anular um pensamento ruim, tendo um pensamento ou formando uma frase que lhe causa mais conforto, reduzindo a ansiedade.

O tratamento do TOC abrange intervenções psicológicas voltadas ao atendimento infantil e orientação aos pais. Além disso, é recomendado procurar um psiquiatra infantil para uma avaliação e acompanhamento, uma vez que o uso de psicofármacos são efetivos em reduzir os sintomas da doença. A terapia cognitivo-comportamental é um tratamento que propõe avaliar, corrigir e modificar pensamentos e crenças distorcidas, através do emprego de técnicas específicas desta abordagem.

 

Referências:

Cordioli, A. V. (2008). Vencendo o Transtorno Obsessivo-Compulsivo: Manual de Terapia cognitivo-comportamental para pacientes e terapeutas. 2. Ed. Porto Alegre: Artmed.

Cordioli, A. V. (2014). Manual de Terapia cognitivo-comportamental para o transtorno obsessivo-compulsivo. 2. Ed. Porto Alegre: Artmed.

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