Os vínculos sociais são importantes na construção de segurança, afeto e conexão com o mundo é indiscutível. As relações interpessoais e a percepção de pertencimento de grupos fazem parte do processo de formação da própria identidade e vinculação social, além de terem papeis fundamentais na formação dos esquemas de crenças e valores pessoais.
O ser humano possui necessidades importantes atendidas em suas relações sociais, sendo essas suas redes de suporte, afeto e cuidados. Dessa forma, a formação de vínculos seguros se torna base de várias construções cognitivas e emocionais. Dentro do processo de afiliação às nossas redes, alguns fatores são destacados, como validação, empatia e amparo.
Quando pensamos em adequação social, bem como aceitação e valorização dos grupos profissionais, das amizades, da família, etc., alguns mecanismos de autocrítica são ativados, auxiliando-nos na modulação do comportamento. A interação com o meio é muito importante na regulação e formação do nosso perfil, porém se torna um problema quando a autocorreção é transformada em autopunição, dificultando assim os processos de mudanças baseadas na avaliação de autoeficácia e capacidade de ajuste.
Autocriticismo e autopunição
O autocriticismo e autopunição no processo de análise da adequação social ativam mecanismos de desvalorização e alteram diretamente a autoestima e autorregulação, tornando a interação social em um contexto ameaçador e pesado. Assim, diante da possibilidade de crítica e erro, os mecanismos de ameaça são ativados, e no lugar da vinculação, a pessoa entra no estado de proteção, com altos níveis de ansiedade e críticas severas.
Então, a pessoa passa a sentir-se desconfortável e ansiosa durante a exposição e interação social, prevendo críticas e ataques por quaisquer comportamentos que possam quebrar a expectativa do outro, potencializando sua intolerância a erro ou divergência daqueles a quem busca vincular-se. Portanto, a vinculação perde sua capacidade de atendimento de necessidades e começa a funcionar como ambiente ansiogênico, no qual o indivíduo tenta ter controle e se avalia de forma punitiva.
O primeiro passo para mudar tal condição, e começar a vivenciar as relações sociais dentro do processo de vinculação e não pelo mecanismo de proteção e ameaça, é a estimulação empática e compassiva na relação com o outro, entendendo os comportamentos dentro de seus contextos, validando e entendendo as emoções, de forma a conectar-se a elas. O mesmo ocorre com o próprio self, favorecendo a capacidade de acolhimento, análise e contextualização de próprio comportamento.
Redução da Autopunição
A redução da autopunição, bem como a construção de entendimento e validação de pensamentos e emoções, fomenta a autocorreção, pois apesar de entender o comportamento como falho, consegue-se ajustá-lo, através da compreensão de seus pontos fortes e mapeamento de suas capacidades de mudanças, sem atacar a si próprio. Dessa forma, as relações sociais passam a ser menos ameaçadoras, e a ansiedade diante delas se reduz.
Altos níveis de ansiedade podem incomodar e dificultar a aproximação e enfrentamento de algumas situações sociais. Em muitos casos a psicoterapia pode ser uma aliada importante no auxílio ao paciente para a redução do autocriticismo e melhora de seu sistema de vinculação, tirando-o do sistema de ameaça e conectando-o consigo mesmo e suas necessidades.
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