Nomofobia: Será que você tem e não sabe?

Atualizado em 12/08/2015
Por Editor de Conteúdo

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Nomofobia: Será que você tem e não sabe?

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     Quando se fala em vício logo pensamos em drogas, cigarro, álcool, etc. E quem um dia poderia imaginar que o fato de não poder estar todo o tempo conectado resultaria em um tipo de transtorno? Alguns podem responder que era óbvio, mas agora parece que é oficial. Uma nova fobia para se juntar à coleção das já existentes.

          A “novidade” chama-se Nomofobia. É uma fobia ou sensação de angústia que surge quando alguém se sente impossibilitado de se comunicar ou se vê incontactável estando em algum lugar sem seu aparelho de celular. É um termo muito recente, que se origina do inglês: No-Mo, ou No-Mobile,que significa Sem celular. Daí a expressão Nomofobia ou fobia de ficar sem um aparelho de comunicação móvel1. É …, pelo jeito, a fobia causada pela perda de contato com o celular parece ser mais uma das contribuições do século XXI para o nosso stress cotidiano, como se já não bastasse. Entretanto, prefiro ir mais longe ampliando essa dependência para todo e qualquer tipo de tecnologia.

          Em fevereiro, um estudo realizado com cerca de mil pessoas no Reino Unido, país onde a palavra “nomofobia” surgiu em 2008, revelou que 66% dentre estes se diz “muito angustiado” com a idéia de perder seu celular.  Em outra pesquisa, desta vez com jovens da Universidade de Maryland, nos EUA, constatou-se que a dependência de celulares, computadores e tudo que esteja relacionado à tecnologia pode ser considerada semelhante ao vício em drogas.  O estudo avaliou 1.000 alunos com idades entre 17 e 23 anos, em dez países, que ficaram durante 24 horas sem celulares, redes sociais, internet e TV.  Segundo a pesquisa, 79% dos estudantes avaliados apresentaram desde desconforto até confusão e isolamento com a restrição ao uso de eletrônicos. Outro sintoma relatado foi o de coceira, uma sensação  parecida com a de dependentes de drogas que lutam contra o vício. Alguns estudantes relataram, ainda, estresse simplesmente por não poder tocar no telefone2. Pela primeira vez, vício na rede foi comparado com o abuso de outras coisas, como drogas e álcool.

          Ora, não é nenhum exagero afirmar também que o uso da tecnologia está interferindo com a vida cotidiana e a aprendizagem dos estudantes. É uma geração que aprende a se comunicar online desde cedo e tem acesso a diferentes meios de informação. Habilidades estão sendo construídas!  O imediatismo da internet, a eficiência do iPhone e o anonimato das interações em chat tornaram-se ferramentas poderosas para a comunicação e até mesmos para os relacionamentos. Dessa forma, existe uma clara necessidade de integração eficiente das áreas de educação e tecnologia.

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          Estamos diante de um novo século, com novo formato de receber e transmitir informação. Sendo assim, o medo de ficar incontactável às vezes até prejudica a vida pessoal e profissional das pessoas.  A dependência do celular, do computador, da Internet é crescente e apesar de serem vícios socialmente aceitos, são igualmente nocivos pois alteram o comportamento das pessoas. Alguns especialistas acreditam que o uso excessivo das chamadas novas tecnologias  tornam as pessoas mais impacientes, impulsivas e esquecidas. Realmente é indiscutível a polêmica que existe acerca dos problemas que resultam desse processo tecnológico

         Até que ponto a vida online atrapalha a vida offline? Não é difícil encontrarmos pessoas que se comuniquem mais através das redes sociais do que pessoalmente e muitas vezes até preferem contatos virtuais.Mas, será imprescindível mesmo ficar conectado 24 horas por dia ? Alguns ficam angustiados quando não podem ser alcançados, mesmo que seja por sms. Não se trata apenas de enviar e receber mensagens, mas sim sugere uma total transformação na maneira pela qual as pessoas se comunicam. Enquanto isso, outros atualizam incontáveis vezes, diariamente, o Facebook, Instagram ou Twitter, qualquer que seja a hora ou o lugar onde esteja. E assim, a exposição à tecnologia pode estar lentamente remodelando nossas vidas.

         Pois é, estamos em uma sociedade na qual uma parte da população, se não estiver conectada pode desenvolver formas de ansiedade ou nervosismo. Segundo o escritor francês Phil Marso, que redigiu um livro inteiro utilizando apenas SMSs, o uso constante dos smartphones e redes sociais gera uma grande vontade de estar sempre inteirado sobre tudo o que está acontecendo. O usuário acaba ficando nervoso e impaciente, podendo desenvolver problemas cardíacos.

         É importante percebermos o celular como instrumento facilitador e o problema não está com ele e sim com o mau uso que deste podemos fazer. Além disso, a Internet é um meio de comunicação fascinante. É importante utilizá-la de maneira saudável, para promover o aprendizado, estabelecer boas relações e se comunicar. É fundamental manter um limite, afinal você é quem deve manter total controle sobre sua vida e não um determinado site ou aplicativo que vai determinar o seu comportamento.

        E você ? Está sempre conectado onde quer que esteja? Qual a sensação ao perceber que esqueceu o celular ou smartphone em algum lugar e que corre o risco de ficar desconectado por algum tempo? Nesse caso, a primeira pergunta a ser feita é: o uso da internet  está interferindo em outras áreas da vida?  Os afazeres pessoais e profissionais ficam em segundo plano para ficar online mais tempo? Freqüentemente o  sono não é priorizado afim de ficar conectado até altas horas da madrugada? Enfim, para podermos caracterizar uma dependência de celular  ou de qualquer outra tecnologia é preciso que o usuário tenha algum tipo de sofrimento direto ou indireto relacionado a algum destes, além de também sentir grande dificuldade em livrar-se desse hábito. Se por um lado a modernidade interliga pessoas a quilômetros de distância, também pode levar ao isolamento do mundo do “ponto com, ponto br”. Se isso estiver acontecendo, o importante é procurar a ajuda profissional.

Fonte:http://elo.com.br/portal/colunistas/ver/228318/nomofobia–sera-que-voce-tem-e-nao-sabe-.html

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