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Disfunção sexual: vamos falar?

Atualizado em 13/02/2018
Por Redatora Casule

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Disfunção sexual: vamos falar?

As disfunções sexuais se caracterizam por problema no desejo sexual e por mudanças psicofisiológicas associadas ao ciclo de resposta sexual em homens e mulheres. Caracterizam-se por uma perturbação clinicamente significativa na capacidade de uma pessoa responder sexualmente ou de experimentar prazer sexual. Essa perturbação é classificada em alguns subtipos, usados para designar o início da dificuldade. Em muitos indivíduos com disfunções sexuais, o momento de início do quadro poderá indicar etiologias e intervenções diferentes.

  • Ao longo da vida refere-se a um problema sexual que está presente desde as primeiras experiências sexuais, e adquirido aplica-se aos transtornos sexuais que se desenvolvem após um período de função sexual relativamente normal.
  • Generalizado refere-se a dificuldades sexuais que não se limitam a certos tipos de estimulação, situações ou parceiros, e situacional aplica-se a dificuldades sexuais que ocorrem somente com determinados tipos de estimulação, situações ou parceiros.

Além dos subtipos acima, inúmeros fatores devem ser considerados durante a avaliação de uma disfunção sexual, tendo em vista que poderão ser relevantes para a etiologia e/ou tratamento e contribuir, em maior ou menor grau, para a disfunção nos indivíduos:

  • fatores relacionados ao parceiro (p. ex., problemas sexuais; estado de saúde);
  • fatores associados ao relacionamento (p. ex., falta de comunicação; discrepâncias no desejo para atividade sexual);
  • fatores relacionados a vulnerabilidade individual (p. ex., má imagem corporal; história de abuso sexual ou emocional), comorbidade psiquiátrica (p. ex., depressão, ansiedade) ou estressores (p. ex., perda de emprego, luto);
  • fatores culturais ou religiosos (inibições relacionadas a proibições de atividade sexual ou prazer; atitudes em relação à sexualidade);
  • fatores médicos relevantes para prognóstico, curso ou tratamento.

O envelhecimento pode estar associado à redução na resposta sexual normal para o período. A resposta sexual tem uma base biológica essencial, embora, em geral, seja vivenciada em um contexto intrapessoal, interpessoal e cultural.

O julgamento clínico sobre o diagnóstico de disfunção sexual deve levar em consideração fatores culturais que possam influenciar expectativas ou criar proibições sobre a experiência do prazer sexual. As pessoas, especialmente os homens, costumam ter concepções equivocadas sobre o que é “normal” e como o sexo “deveria” ser. Essas pessoas frequentemnte obtiveram informações errôneas sobre os mecanismos e processos básicos da função erétil e sobre as causas de disfunção sexual. Segue algumas informações interessantes:

  • Frequência das relações sexuais: a frequência do sexo varia enormemente conforme a idade e o estado civil, sendo que os indivíduos mais jovens e casados fazem mais sexo do que indivíduos mais vlehos e não casados. Entre parceiros casados: 45% fazem sexo algumas vezes por mês; 34% 2 a 3 vezes por semana; 13% algumas vezes por ano; 7% quatro ou mais vezes por semana.
  • Infidelidade e promiscuidade: mais de 80% das mulheres e 85% dos homens relataram não ter outros parceiros que não o cônjuge.
  • Masturbação: quase 85% dos homens e 45% das mulheres que estavam morando com um parceiro sexual relataram masturbação no ano anterior.
  • Orgasmo durante o sexo: homens tem maior probabilidade de ter um orgasmo de forma consistente durante o ato sexual do que mulheres (75% vs. 29%).
  • Orgasmo em mulheres: habitualmente, uma estimulação adquada do clitóris é necessária para que uma mulher atinja o orgasmo. Contudo, a estimulação de outras áreas da genitália feminina também pode produzir sensações intensas de prazer.
  • Tamanho do pênis: o tamanho médio de um pênis ereto está entre 12 a 15cm. Em estdo de flacidez, o tamanho médio do pênis é de 2,5 a 10cm.
  • Orgasmos múltiplos em homens: orgasmos múltiplos com ejaculação em sucessão no período de alguns minutos são raros. O período de recuperação após a ejaculação normalmente é de 30 minutos. Orgasmos multiplos em mulheres ocorrem com maior frequência.
  • Tempo até a ejaculação: a maioria do homens funcionais ejacula de 4 a 10 minutos após a penetração.
  • Sexo anal e oral: apenas 10% dos homens e 9% das mulheres fizeram sexo anal no ano anterior. O sexo oral é ligeiramente mai scomum, mas não é praticado com frequência.

 

Disfunção sexual: Quais são?

As disfunções sexuais incluem:

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  • ejaculação retardada: que é retardo acentuado ou incapacidade de atingir a ejaculação. O homem relata dificuldade ou incapacidade para ejacular, a despeito da presença de estimulação sexual adequada e do desejo de ejacular.
  • transtorno erétil: falha repetida em obter ou manter ereções durante as atividades sexuais com parceira(o). Os sintomas podem ocorrer somente em situações específicas envolvendo determinados tipos de estimulação ou de parceiros ou podem ocorrer de forma generalizada em todos os tipos de situações, estimulações ou parceiros.
  • transtorno do orgasmo feminino: dificuldade de atingir o orgasmo e/ou pela intensidade muito reduzida das sensações orgásmicas. As mulheres apresentam ampla variabilidade no tipo ou na intensidade da estimulação que produz o orgasmo. Muitas mulheres precisam de estimulação clitoridiana para atingir o orgasmo, enquanto uma proporção relativamente pequena delas afirma que sempre tiveram orgasmo durante a relação peniana-vaginal. É importante observar também se as dificuldades para atingir o orgasmo são resultado de estimulação sexual inadequada; nesses casos, ainda pode haver necessidade de tratamento, embora o diagnóstico de transtorno do orgasmo feminino não seja aplicável.
  • transtorno do interesse/excitação sexual feminino: O contexto interpessoal deve ser levado em conta nas avaliações do transtorno do interesse/excitação sexual feminino. Uma “discrepância de desejo”, em que a mulher sente menos desejo para a atividade sexual que seu parceiro, não é suficiente para o diagnóstico de transtorno do interesse/excitação sexual feminino. Considerando que, em geral, o desejo e a excitação sexual coexistem e são despertados em resposta a estímulos sexuais adequados, os critérios para o transtorno do interesse/excitação sexual feminino levam em conta que as dificuldades relacionadas ao desejo e à excitação com frequência caracterizam de forma simultânea as queixas de mulheres com esse transtorno.
  • transtorno da dor gênito-pélvica/penetração: refere-se a quatro dimensões de sintomas comórbidos comuns: 1) dificuldade para ter relações sexuais; 2) dor gênito-pélvica; 3) medo de dor ou de penetração vaginal; e 4) tensão dos músculos do assoalho pélvico. Considerando que uma dificuldade relevante em qualquer uma dessas dimensões de sintomas costuma ser suficiente para provocar sofrimento clinicamente significativo, é possível estabelecer um diagnóstico com base em uma dificuldade acentuada em apenas uma dimensão de sintomas. No entanto, todas as quatro dimensões devem ser avaliadas, mesmo que seja possível obter um diagnóstico com respaldo em apenas uma delas.
  • transtorno do desejo sexual masculino hipoativo: deve levar em consideração o contexto interpessoal. Tanto o desejo baixo/ falta de desejo para o sexo como a deficiência/ausência de pensamentos ou fantasias sexuais são imprescindíveis para o diagnóstico, devendo ser persistentes ou recorrentes e ter duração mínima de aproximadamente seis meses.
  • ejaculação prematura (precoce): manifesta-se pela ejaculação que ocorre antes ou logo após a penetração, avaliada pela estimativa individual de latência ejaculatória (i.e., tempo decorrido antes da ejaculação) após a penetração. A definição de duração aplica-se a indivíduos do sexo masculino de várias orientações sexuais, considerando que as latências ejaculatórias parecem ser semelhantes entre os homens com orientações sexuais diferentes e entre atividades sexuais distintas.
  • disfunção sexual induzida por substância/medicamento: A característica principal é uma perturbação na função sexual que apresenta relação temporal com início do uso de alguma substância/medicamento, aumento de dose ou descontinuação de alguma substância/medicamento.
  • Outra disfunção sexual especificada e disfunção sexual não especificada.

 

A psicologia pode ajudar?

 

É importante destacar que a função sexual envolve uma interação complexa entre fatores biológicos, socioculturais e psicológicos.

Fatores psicológicos que contribuem para disfunções sexuais, como a disfunção erétil, incluem causas imediatas e remotsa. Exemplos de causas imediatas incluem medo de falhar, ansiedade de desempenho, ansiedade de resposta, ausência de esetimulação adequada e problemas de relacionamento. A fim de voltar sua atneçao para as causas remotas, a terapia precisa abordar o papel de questões como trauma sexual, identidade ou orientação sexual, ligações mal-resolvidas com o parceiro ou com os pais e aspectos religiosos, sociais e culturais.

Essas questões devem ser investigadas logo no início para que estratégias específicas de tratamento possam ser desenvolvidas.

 

Referências:

  • Instituto Kinsey, da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos
  • Resolvendo proglemas sexuais. Introdução à terapia cogntivo-comportamental contemporânea/Stefan G. Hofmann; tradução: Régis Pizzato; revisão técnica: Carmem Beatriz Nufeld. – Porto Alegre: Artmed 2014.
  • Diagnostic and Statistical Manual of Mental disorders – DSM-5. 5th.ed. Washington: American Psychiatric Association, 2013.
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