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Entendendo o sentimento de CULPA

Atualizado em 22/03/2019
Por Redatora Casule

Entendendo o sentimento de CULPA

Atualizado em 22/03/2019
Por Redatora Casule
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Entendendo o sentimento de CULPA

Você já questionou o motivo de algumas pessoas conquistarem tudo o que almejam, enquanto nada dá certo para outras? É claro que o comportamento e a iniciativa são fatores relevantes, mas o que realmente difere essas pessoas é o quanto elas se sentem merecedoras. Pessoas que carregam culpa inconscientemente limitam suas conquistas.

O sentimento de culpa surge quando alguém se arrepende por alguma atitude que tomou ou quando não aceita os seus defeitos, erros, fraquezas e até mesmo a sua insignificância na condição de ser humano.

Este sentimento atinge com mais força as pessoas que querem ser perfeitas. Afinal, elas se pressionarão mais e terão dificuldades em admitir os seus erros.

O que é culpa?

Há uma pesquisa bem interessante de um estudioso chamado Lewis (1971) que diz que o sentimento de culpa é quando nos julgamos negativamente ao acreditarmos que não conseguimos viver de acordo com os nossos próprios padrões ou padrões impostos pela sociedade.

Assim como as diferentes emoções que sentimos, a culpa tem uma função adaptativa, ou seja, ela é própria da natureza humana. Há uma região no nosso cérebro chamada Sistema Límbicoque é responsável por todos os nossos julgamentos morais e também pela sensação de culpa e vergonha. É quando sentimos aquele misto de preocupação e remorso que faz com que repensemos sobre as nossas atitudes depois que elas foram tomadas.

A pesquisadora Brené Brown (2012) descreve que a culpa é considerada saudável quando nos move em direção a pensamentos e comportamentos positivos. Com ela, podemos criar novas alternativas e saídas para aquelas situações desconfortáveis que já aconteceram – e na grande maioria das vezes, não temos controle pois estão no passado.

Este tipo de reflexão saudável nos prepara para novas rotas e evita que tomemos as mesmas atitudes que tragam novamente o sentimento de culpa. É a sensação de “lições aprendidas” e “vida que segue”.

A culpa só se torna preocupante quando nos traz a sensação de que estamos paralisados. Ao cometer um erro, ao invés de pensar “Me desculpe, eu cometi um erro”, a culpa tóxica nos leva a dizer “Me desculpe, eu sou um erro” (Brown, 2012). É aí que o alerta vermelho aparece…

Ao invés de impulsionar a pessoa para frente, esses pensamentos a impedem de aceitar qualquer consideração positiva sobre si mesmo.

Em alguns casos, essa forma de se autodepreciar pode ser tão forte que pode até mesmo causar uma auto agressão. A raiva sobre si, por exemplo, pode levar uma pessoa a ingerir grandes quantidades de álcool ou drogas como uma forma de amenizar a sensação de vulnerabilidade e falta de controle sobre a vida.

Como surge o sentimento de culpa?

Muitos pesquisadores estudaram a forma como surge o sentimento de culpa em nós, mas independente da teoria, sabe-se que o desenvolvimento da culpa inicia-se na nossa infância a partir das relações que construímos ao longo do tempo com os nossos pais/cuidadores, professores, amigos, entre outros.

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No entanto, diversos outros acontecimentos ao longo da nossa vida vão moldar a forma como enfrentamos e enxergamos as situações que nos afetam.

Não há um único fato que resulta na forma como lidamos com a culpa, mas uma série de acontecimentos que, de forma complexa e interligada, formam a maneira de enfrentarmos e enxergamos como somos hoje e como enfrentar as situações.

Culpa X Responsabilidade 

A diferença entre a culpa e a responsabilidade é que a culpa paralisa enquanto a responsabilidade mobiliza. O culpadofica estagnado no erro, a remoê-lo, a martirizar-se, sem conseguir sair dali. O responsável olha para o erro, tenta compreendê-lo, e percebe ainda que se foi responsável por ele, também é responsável pelo reparo, ou pela mudança. 

Culpa X depressão

Um estudo de neuroimagiologia feito em 2012 constatou que as pessoas que estão ou estavam com depressão apresentam reação de culpa aumentada. Ou seja, os indivíduos com depressão podem culpar-se excessivamente de uma maneira que não é voltada à busca de soluções.

Culpa X procrastinação

Muitos estudos já concluíram que o sentimento de culpa é um fator chave na procrastinação. Sentimos culpa por alguma coisa que fizemos e então hesitamos em iniciar uma tarefa nova, talvez por medo de cometer outro erro. E o próprio fato de postergar o que deveríamos fazer acentua o sentimento de culpa, que, por sua vez, enfraquece o sensação agradável que poderíamos ter tido por evitar a tarefa.

O sentimento de culpa não é um bom motivador

Já foi demonstrado que o sentimento de culpa moderado pode deter maus comportamentos. Mas o sentimento de culpa exacerbado pode na realidade manter você atolado em padrões comportamentais negativos.

Sentir culpa é um jeito de tirar o corpo fora. Em vez de você superar o problema e avançar, o sentimento de culpa deixa-o viver no passado e evitar o presente.

Como lidar com a culpa

Em alguns casos, é muito difícil conseguir enxergar e sair do ciclo paralisante da culpa. Enxergar novas saídas às vezes pode parecer impossível. O psicólogo poderá lhe dar a orientação adequada para te auxiliar a seguir um percurso de autorreflexão e agir diante do problema.

Quanto mais nos engajamos em certos pensamentos, aumentamos a chance deles permanecerem em nossa rotina. Embora muitas vezes possamos achar que determinados pensamentos fazem parte da nossa personalidade, sabe-se que temos a competência de mudarmos os nossos pensamentos e, em consequência, os nossos hábitos.

Romper com o ciclo da culpa preocupante e que nos paralisa requer a vontade de estar aberto para um exercício constante de autorreflexão e uma certa dose de otimismo – mesmo que no momento esteja pequeno.

Começar a mudar os seus próprios pensamentos e comportamentos diante de situações de culpa contribui para o desenvolvimento da inteligência emocional.

A superação desse ciclo, além de promover uma melhor autoestima e capacidade de expressão, aumenta a nossa capacidade de empatia com o outro e consigo mesmo. Assim, reduz a vulnerabilidade, a raiva e em última análise nos ajuda a viver uma vida mais satisfatória. 

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