Desafie as falsas crenças que limitam a sua vida

Atualizado em 04/09/2015
Por Nayara Benevenuto

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Atualizado em 04/09/2015
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Desafie as falsas crenças que limitam a sua vida

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“Crenças centrais são regras inflexíveis e hipergeneralizáveis que regem a vida do indivíduo e determinam sua maneira de perceber e entender o mundo. É aquilo no que o sujeito acredita fortemente (mas inconscientemente), independente do momento ou da situação. Uma pessoa que tem a crença de que “é um fracasso” ou de que “é incapaz” terá esses pensamentos mesmo que ganhe o Prêmio Nobel!”

Além dos pensamentos automáticos, as crenças e os esquemas são objetos de foco e mudança na terapia cognitivo-comportamental.

Os esquemas são estruturas cognitivas que organizam e processam a entrada de informação em nossa mente e representam os padrões de pensamento adquiridos na infância. Erros lógicos (processamento distorcidos/ou distorções) adquiridos durante o período de desenvolvimento da personalidade, vão formar a substância (estrutura) do esquema disfuncional e predispor o indivíduo a ter problemas emocionais. Enquanto que os esquemas de um indivíduo bem ajustados fazem concessões (flexibilizações) para a avaliação realista dos eventos da vida.

Os esquemas de indivíduos mal ajustados resultam na distorção da realidade e facilitam o aparecimento e desenvolvimento de transtornos psicológicos.

Indivíduos com depressão, por exemplo, veem a si mesmos, seu mundo e seu futuro de forma negativa.

Esquema: estrutura muito profunda

Esquema é uma estrutura muito profunda, do ponto de vista psicológico. Os esquemas constituem a base para a codificação, categorização e avaliação das experiências e estímulos que um indivíduo encontra no seu mundo. Sendo assim, são responsáveis por como cada um percebe e internaliza suas experiências.

São os esquemas que direcionam os outros níveis de cognição, tanto as crenças, quanto os pensamentos automáticos e as distorções cognitivas. Se uma pessoa tem um pensamento automático negativo, este foi gerado pelo esquema. Ele funciona como filtro dos estímulos aos quais somos submetidos.

Desse modo, podemos entender os esquemas como as estruturas que definem as outras cognições, sendo o conteúdo das crenças, determinado pelos esquemas e, o conteúdo dos pensamentos automáticos similar aos de nossas crenças nucleares – explico abaixo. Utilizando a imagem de um iceberg, os esquemas definiriam a forma (estrutura dele), as crenças representariam a base deste e os pensamentos automáticos a ponta, acima da superfície da água.

Crenças nucleares e intermediárias

As crenças podem ser de dois tipos: as crenças centrais (ou também chamadas de nucleares) e as intermediárias.

Crenças centrais são regras inflexíveis e hipergeneralizáveis que regem a vida do indivíduo e determinam sua maneira de perceber e entender o mundo. É aquilo no que o sujeito acredita fortemente (mas inconscientemente), independente do momento ou da situação. Uma pessoa que tem a crença de que “é um fracasso” ou de que “é incapaz” terá esses pensamentos mesmo que ganhe o Prêmio Nobel! Para manter essa crença de incapacidade ela pode usar (sem se dar conta, é claro), por exemplo, das distorções cognitivas.

Quanto às crenças intermediárias, são relacionadas a diversos aspectos da vida que aparecem como pressupostos, regras e atitudes. Elas não são tão rígidas e generalizáveis como as crenças centrais. Apesar dessa diferença, elas se conectam com as crenças centrais e existem seguindo a “lógica” destas últimas. Vamos ver um exemplo: se alguém tem uma crença central que diz “Não sou digno de ser amado”, pode ter uma crença intermediária que oriente: “Se fizer tudo que os outros querem, posso ser amado” (positiva). “Se não fizer tudo o que os outros querem, serei desprezado” (negativa). Enquanto esse indivíduo conseguir se auto-sacrificar e tiver “uma chance” de ser amado (parte positiva do pressuposto), poderá se manter funcional, ou seja, adequado à situação, “funcionando bem”. Mas no momento em que isso não dá certo, a parte negativa do pressuposto (crença intermediária) entra em ação e ele fica deprimido. Um exemplo das regras, neste mesmo caso, seria o sujeito pensar: “Deveria me auto-sacrificar sempre” e, de atitude, “Vou me auto-sacrificar”.

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As crenças intermediárias, por não serem tão rígidas quanto à crença central, são mais fáceis de serem modificadas no processo terapêutico e os pensamentos automáticos por sua vez, mais flexíveis e fáceis de serem modificados do que as crenças intermediárias. É por isso, que em um processo de TCC, inicia-se trabalhando com os pensamentos automáticos e vai se aprofundando até chegar à flexibilização das crenças centrais.

Estratégias compensatórias

Outro conceito interessante é o de estratégias compensatórias (ou comportamento de segurança). Essas são as “táticas” que o indivíduo usa para lidar com as crenças centrais, ou seja, para compensá-las ou buscar proteger-se.

No caso descrito, ter um comportamento de auto-sacrifício seria um exemplo de estratégia compensatória para lidar com a crença central: “Não sou digno de ser amado”. O que ocorre na prática é que a pessoa ao utilizar um comportamento de segurança, alivia a ansiedade ou incômodo causado pela possibilidade de ativação da crença. No entanto, esse alívio é somente um paliativo momentâneo, pois acaba por reforçar ainda mais a crença nuclear negativa (crença central) existente: “Quando eu me sacrifico como forma de merecer receber amor de outro, acreditarei ainda mais que não sou digno de amor, a não ser que repita esse comportamento novamente”.

As crenças centrais, podem ser divididas em três crenças básicas disfuncionais:

• Crenças de incapacidade: crenças sobre ser incapaz, incompetente, ineficiente, falho, enganador, fracassado.

• Crenças de inadequação: crenças sobre ser inadequado, defeituoso, imperfeito, diferente.

• Crenças de desamor: crenças sobre ser indesejável incapaz de ser gostado, amado ou querido, sem atrativos, rejeitado, abandonado, sozinho.

Pontos importantes sobre as crenças:

• Elas são ideias, não necessariamente verdades.

• É possível acreditar com convicção nelas, até mesmo “sentir” que são verdades e ainda assim, podem ser em grande parte ou inteiramente não verdadeiras.

• As crenças estão enraizadas em eventos da infância e se desenvolvem ao longo da vida.

• As crenças centrais são mantidas através da operação dos esquemas relativos, os quais fazem com que a pessoa filtre os dados da realidade de maneira a reconhecer os que apoiam as crenças enquanto ignoram, reduzem ou distorcem os que são contra.

• Sendo as crenças conteúdos construídos e aprendidos, é possível revê-las desconstruir o que não é funcional e aprender conteúdos mais adaptados e realistas.

Fonte: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/tcc_crencas_atitudes.htm

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