A relação terapêutica entre psicólogo e o paciente envolve a necessidade de um bom vínculo, envolvendo alguns elementos por parte do terapeuta, como: empatia, expressão emocional, neutralidade, confiança, sigilo das informações, colaboração e acolhimento. Atender outra pessoa de uma mesma família ao mesmo tempo pode afetar essa relação, na medida que a neutralidade não seria mais possível.
A neutralidade é importante para que o terapeuta possa escutar seu paciente sem julgamentos, de uma forma mais ética e colaborativa. Dessa forma, a experiência de vida do psicólogo predominará em relação ao seu saber teórico. Além disso, não seria eticamente recomendável.
O que diz o conselho regional de psicologia?
O Conselho Regional de Psicologia diz: “A decisão pelo atendimento é do(a) psicólogo(a), que considerará se o atendimento interferirá negativamente nos objetivos do serviço prestado, uma vez que não há nada na regulamentação que proíba especificamente o atendimento de familiares e/ou conhecidos(as)”.
Sendo assim, cabe ao psicólogo julgar a efetividade do seu trabalho. Assim como atender pessoas de uma mesma família, também não é indicado atender familiares e amigos do terapeuta, pelos mesmos motivos.