Por que procurar uma terapia?

Atualizado em 17/06/2015
Por Nayara Benevenuto

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Por que procurar uma terapia?

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Antes de mais nada, para promover ou auxiliar na recuperação de problemas emocionais ou de saúde mental.

O fato é que crescemos acreditando que buscar ajuda dos outros em momentos de angústia pode ser indicativo de muita fragilidade. Por alguma razão, fomos criados a pensar que devemos ser completamente autossuficientes e, nesse sentido, buscar ajuda pode ser entendido como um imenso sinal de fraqueza, de falta de vontade ou de caráter.

Entretanto, não sei se é de seu conhecimento, mas uma em cada quatro pessoas no mundo será afetada por algum transtorno mental no curso de sua vida.

E quais doenças seriam essas?

Para citar alguns: transtorno depressivo, bipolar do humor, obsessivo-compulsivo, de pânico, alimentar (bulimia ou anorexia nervosas), da personalidade, estresse pós-traumático, déficit de atenção/hiperatividade, esquizofrenia, dentre outros, apresentam ótimas respostas ao tratamento psicoterapêutico.

Esses transtornos, entretanto, são muito diferentes, pois apresentam distintas formas e condições, isto é, são caracterizados por uma combinação anormal de pensamentos, emoções e comportamentos e, assim, afetam de maneira drástica as relações que uma pessoa estabelece com o seu entorno.

A depressão, por exemplo, é um dos transtornos mentais mais comuns e considerada, inclusive, uma das principais doenças. Veja só, no mundo, cerca de 400 milhões de pessoas de todas as idades sofrem com a depressão e, em 2020, estima-se estar no rol das doenças mais incapacitantes do mundo.

No Brasil, por exemplo, 7,6% dos adultos já foram diagnosticados com depressão, o que equivale a dizer que 11 milhões de pessoas sofrem com o problema.

Explicações de sua casa partem do componente genético – que pode predispor algumas pessoas à doença -, entretanto, fatores externos da vida atual, como o estresse e a grande competitividade da vida profissional, podem favorecer o aparecimento da doença que, diga-se de passagem, tem aumentado nos grandes centros, segundo apontam várias pesquisas.

Caso você não saiba, no Brasil, as mortes por depressão cresceram 705% em 16 anos.

Preocupante, não acha?…

O problema é que, embora os tratamentos, muitas vezes, estejam disponíveis e sejam eficazes para aliviar o sofrimento causado, quase dois terços das pessoas com algum transtorno mental jamais procurarão ajuda de um profissional de saúde. Isso se deve, principalmente, ao preconceito (ou seja, falta de informação), estigma ou ainda medo de ser discriminado, impedindo assim que esses problemas sejam tratados corretamente, perpetuando o sofrimento por uma vida toda.

As evidências dos benefícios de uma psicoterapia são tão positivamente avaliadas que valem a pena ser citadas. Um exemplo: duas sessões de 1h30min (apenas) foram associadas a uma diminuição de 33% de desenvolvimento de transtornos mentais em adolescentes, conforme concluiu uma importante investigação conduzida entre universidades do Canadá e da Europa.

E a investigação não parou por aí. A cada seis meses, os adolescentes envolvidos fizeram testes para a averiguação dos resultados e que, além da diminuição da depressão, ansiedade, transtornos do pânico, e problemas de interação social decaíram sensivelmente.

Mas, afinal: como entender o funcionamento de uma psicoterapia?

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Em uma psicoterapia, os profissionais aplicam técnicas cientificamente validadas para ajudar as pessoas a desenvolverem hábitos mais saudáveis. Como é fundamentada no diálogo, ela fornece um ambiente de apoio que permite ao paciente falar de maneira aberta e sem barreiras com o profissional de saúde. E, vale dizer, esse processo tem como objetivo identificar (e mudar) alguns padrões de pensamento, de resposta emocional indesejada e de comportamentos inadequados que, muitas vezes, se perpetuam por longos períodos, impedindo que se possa atingir o conhecido bem-estar.

Bem, mas quando buscar ajuda?

Por causa dos muitos equívocos sobre psicoterapia, muitas pessoas ficam relutantes em buscar esse tipo de recurso terapêutico.

Entretanto, algumas pessoas procuram a psicoterapia quando se sentem deprimidas, ansiosas ou ainda quando permanecem irritadas por longos períodos de tempo. Outros ainda podem recorrer a auxílio para tratar doenças crônicas que interferem em seu bem-estar emocional ou físico.

Outras ainda podem ter problemas de curto prazo que precisam de ajuda específica, como, por exemplo: situações de divórcio, desemprego ou morte de algum membro da família.

Alguns outros sinais, que seriam indicativos de uma boa psicoterapia, incluem:

Sensação prolongada de mau-humor, desamparo ou tristeza;

Preocupação excessiva e agressividade;

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Uso abusivo de álcool ou drogas (ou ainda outros vícios);

Ansiedade desmedida ou sensações de medo sentidas através de certas fobias especificas;

Alteração brusca e/ou acentuada de humor;

Baixa autoestima e insegurança pessoal;

Problemas com o corpo ou com os estilos de alimentação;

Incapacidade de controlar certos comportamentos (compra excessiva, por exemplo);

Problemas constantes de relacionamento interpessoal (afetivo, familiar ou no trabalho), dentre outros;

Experiências dolorosas atuais ou passadas e, finalmente, os conhecidos traumas de infância.

Como saber se a terapia está funcionando?

Algumas dúvidas sobre a terapia devem ser tratadas de forma clara e objetiva com o profissional de saúde. Não tenha vergonha ou constrangimentos a respeito de suas inquietudes.

Quando for começar sua terapia, estabeleça metas claras com seu psicólogo(a). Sabe-se que as psicoterapias sem objetivos claros (independentemente da linha adotada) não se mostram efetivas, apontam várias pesquisas científicas.

As pessoas muitas vezes sentem uma grande variedade de emoções durante uma terapia. Um bom sinal para ser notado e serve como um parâmetro para avaliar se a terapia está lhe ajudando, inclui sensações de alívio, que são acompanhadas, usualmente, por sentimentos renovados de esperança.

Um aspecto importantíssimo é a confiança. Se houver alguma dificuldade, discuta de maneira aberta suas preocupações com o profissional de saúde, pois ela é considerada uma das principais variáveis do processo de mudança pessoal.

Como a psicoterapia afeta o cérebro?

Padrões de ativação cerebral são observados em indivíduos que passam por sessões de terapia cognitiva, por exemplo, que é uma das mais eficazes modalidades terapêuticas existentes. Dessa forma, ao se modificarem os estilos de pensamento e de comportamento de um paciente, exames de PET-SCAN (tomografia computadorizada por emissão de pósitrons) indicaram que tais mudanças levaram a alterações metabólicas significativas no cérebro dos pacientes, ou seja, falar de si e dos problemas promove alterações cerebrais importantes.

Portanto, ao se mudarem os pensamentos através de uma terapia, se produzem mudanças inevitáveis no cérebro.

Além do mais, estudos têm mostrado que essa forma específica de terapia (a cognitiva) é, pelo menos, tão eficaz como é o medicamento para muitos tipos de transtornos de ansiedade e de humor (depressão).

Conclusão

A maioria dos transtornos mentais tem tratamento, embora muitas pessoas não saibam que esse pode ser a causa principal de seu sofrimento e, por isso, não buscam ajuda.

A cada dia novas técnicas são testadas e assim a psicoterapia científica é considerada hoje uma das principais ferramentas para alívio do sofrimento e construção do bem-estar individual.

É por essa razão que a psicoterapia é chamada também de “fala curativa”, pois ao narrarmos nossas aflições, ampliamos nossa visão de mundo e, com ela, também nos modificamos (seja do ponto de vista psicológico, como também bioquímico).

Assim, vai minha dica: busque ajuda, não espere.

Uma pessoa que busca ajuda psicoterapêutica não é fraca, incompetente ou louca, conforme erroneamente se pensa.

Muitos problemas de saúde mental, ao contrário do que se imagina, não melhoram com o passar do tempo, portanto, não prolongue desnecessariamente sua angústia e aflição.

A esse respeito certa vez Abraham Maslow afirmou: “O que é necessário para mudar uma pessoa é mudar sua consciência de si mesma.”

Cuide-se!

Fonte: http://cristianonabuco.blogosfera.uol.com.br/2015/06/17/por-que-buscar-uma-psicoterapia/

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PSICÓLOGA Especialista em terapia cognitiva-comportamental com adultos e tem formação em terapia cognitiva sexual além de atuar na avaliação bariátrica. Clique para marcar uma consulta comigo
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