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Entenda os fatores de risco e de proteção para o comportamento suicida

Atualizado em 18/09/2019
Por Editor de Conteúdo

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Entenda os fatores de risco e de proteção para o comportamento suicida

A Organização Mundial de Saúde divulgou um dado preocupante relatando o suicídio como uma das três principais causas de morte de indivíduos entre 15 e 44 anos. Sendo assim, o suicídio é considerado um grave problema de saúde pública, necessitando de medidas preventivas e remediadoras eficazes. 

Diferente da concepção de muitas pessoas, o suicídio envolve diversas dimensões além do aspecto psicológico, que podem ser internos e externos ao indivíduo. Os fatores de risco se relacionam com eventos e características negativas da vida, e sua presença aumenta as chances de alguns problemas se manifestarem. Esses fatores tendem a aumentar a vulnerabilidade dos indivíduos a situações adversas, diminuindo a resiliência emocional. Um ponto importante a ser ressaltado é que não é apenas a presença desses fatores que define seu impacto na vida do indivíduo, mas também a intensidade, a frequência e a maneira como são interpretados por cada pessoa. 

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Os principais fatores de risco podem ser divididos entre fatores psicológicos, biológicos, psicossociais, culturais e outros. Seguem abaixo alguns fatores de risco ao comportamento suicida: 

  • transtornos mentais: depressão; transtorno bipolar; uso/dependência de álcool e drogas; esquizofrenia; transtorno de personalidade borderline
  • histórico familiar de doença mental;
  • história familiar de suicídio;
  • tentativa de suicídio anterior;
  • abuso físico ou sexual;
  • perda dos pais na infância;
  • instabilidade familiar;
  • violência doméstica;
  • desesperança, desamparo;
  • ansiedade intensa;
  • vergonha, humilhação, bullying;
  • baixa autoestima;
  • traços de personalidade: impulsividade, agressividade, labilidade do humor, perfeccionismo;
  • ausência de apoio social, solidão;
  • rigidez cognitiva;
  • desemprego, endividamento;
  • aposentadoria;
  • pouca flexibilidade para enfrentar adversidades; dificuldade em lidar com frustrações;
  • fácil acesso a meios letais (armas de fogo, venenos, etc.);
  • doenças físicas incapacitantes, estigmatizantes, dolorosas, terminais;
  • falta de adesão ao tratamento ou falta de tratamento ativo e continuado em saúde mental;

Já os fatores de proteção ao suicídio são aqueles que levam a uma vida mais saudável, com maior bem-estar e maior resiliência emocional, ou seja, a capacidade de resolver problemas levando em consideração também, as habilidades sociais para reduzirem o impacto das adversidades que o indivíduo enfrenta na vida. Podemos destacar os principais fatores de proteção ao comportamento suicida:

  • Personalidade:
    • Flexibilidade cognitiva;
    • Motivação para buscar ajuda;
    • Habilidade de comunicação;
    • Habilidade para solucionar problemas;
    • Capacidade para fazer uma boa avaliação da realidade;
  • Estrutura familiar:
    • Bom relacionamento interpessoal;
    • Senso de responsabilidade em relação à família;
    • Pais atenciosos e consistentes;
    • Apoio familiar;
  • Fatores socioculturais:
    • Formação de vínculos com outras pessoas, bons relacionamentos em grupos sociais;
    • Ter/formar uma família a qual os membros estejam emocionalmente envolvidos, que passam tempo de qualidade juntos;  
    • Adesão a valores e normas sociais;
    • Prática religiosa e outras práticas coletivas (clubes culturais, esportivos, etc.);
    • Rede social que promove apoio, acolhimento;
    • Emprego;
    • Disponibilidade de serviços de saúde mental;
  • Outros:
    • Boa qualidade de vida;
    • Regularidade de sono;
    • Saúde física e mental;

A terapia cognitivo-comportamental é uma abordagem clínica que tem por objetivo manejar a crise do paciente com comportamento suicida, adotar diversas estratégias para que os fatores de risco sejam minimizados e os de proteção potencializados.  

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