A infância é o período do desenvolvimento no qual ocorrem mudanças significativas e com o crescimento surge a necessidade da criança em descobrir o mundo à sua volta.
A criança absorve informações e reflete o que vê ao seu redor, por isso a importância de incentivá-las a falar sobre seus sentimentos. Sentimentos esses que podem ser facilmente percebidos pelos adultos que as rodeiam, como alegria, tristeza e medo.
Trabalhar as emoções desde cedo é fundamental, pois o reconhecimento das emoções vai auxiliar a criança a compreendê-las e a lidar melhor com as situações do dia-a-dia, além de solucionar conflitos com mais facilidade.
Dessa forma, o conhecimento emocional é fundamental para a adaptação da criança, favorecendo a construção das relações sociais, sucesso escolar, controle dos impulsos e autoconfiança. Além disso, reconhecer as emoções é importante também por proporcionar o desenvolvimento da empatia, um tipo de habilidade social, pois quando a criança aprende a nomear e a reconhecer as emoções, sabe identificá-las não somente em si, mas também nos outros.
Contudo, muitos pais evitam que os seus filhos experimentem emoções desconfortáveis, mas isso não é o mais apropriado, pois em algum momento as crianças terão que enfrentar a dor e a frustração, por exemplo. Evitar sentimentos como esses, só faz com que sua vida adulta seja mais complicada.
Embora muitas sejam motivadas, existem aquelas crianças que são reprimidas ao nível dos sentimentos. Os pais e educadores escondem as emoções ou são menos emotivos, mas é fundamental explicar que não há mal algum em ser emotivo, porque somos todos seres humanos e as emoções fazem parte de todos nós.
Cada emoção tem uma função diferente no desenvolvimento da criança em seus diversos contextos. E à medida que vai ficando mais velha, ela terá alguns conceitos mais definidos, porém continuará precisando do incentivo de um adulto para não apenas falar sobre suas emoções, mas também para perceber que ela mesma tem recursos internos para buscar ajuda ou até resolver questões que as aborrecem.
Essa educação emocional tem de ser desenvolvida desde cedo, de forma a que a criança desenvolva competências sociais e emocionais. Do contrário, crianças e adolescentes serão incapazes de sentir.
Crianças que sentem, são crianças mais felizes. Por isso não se esqueça de incentivar seu filho a falar sobre suas emoções!
Cinco emoções para melhor compreensão da criança
Medo: O medo faz com que a criança tenha desafios e lute para superá-los. Se ensinar seu filho a utilizar o medo para crescer, ele se sentirá mais confiante e corajoso.
Nojo: Se não existisse a aversão (não somente com o alimento, mas também aversão a determinadas coisas ou aspectos da vida), seu filho se conformaria com todas as situações e teria dificuldades em tomar decisões importantes ao longo da vida.
Raiva: A raiva é uma arma de defesa, uma forma de entender ‘eu não gosto disso, eu tenho raiva disso’. É exatamente nesse momento que a raiva gera um mecanismo para pensar em como se defender diante de tudo que lhe provoca incômodo.
Tristeza: Sem a tristeza não poderia existir a alegria, elas são complementares. A tristeza com frequência nos faz refletir e aprofundar nos nossos sentimentos. Ela também é importante.
Alegria: A emoção mais almejada pelos pais. Todos os pais querem que seus filhos sejam alegres, mas é fundamental entender que em algum momento, outra emoção pode aparecer.
Como posso ajudar meu filho?
- Ajude-o a compreender o que sente.
- Faça-o entender que nenhuma das emoções são ruins, mas sim necessárias.
- Nomeie as emoções e encoraje seu filho a falar, sem julgamento e/ou críticas.
- Dê exemplos de situações passadas vivenciada pelo adulto, descrevendo os seus sentimentos e como tudo procedeu.
- Faça uma leitura infantil explorando com seu filho as emoções dos personagens de acordo com as imagens.
- Utilize brinquedos, faça teatro. É importante não esquecer que as crianças aprendem o mundo conforme o veem, por isso, esteja sempre atento ao que quer passar para ela.
- Filme – “Divertidamente”.