Você já sentiu como se você e seu filho falassem idiomas diferentes? Vocês tentam conversar mas quando a conversa termina parece que um não consegue entender o outro. Às vezes você se sente falando “falando com as paredes”? Ou então a reação de seu filho diante do que você falou foi muito diferente do que você imaginou?
Isso provavelmente está acontecendo, pois você está utilizando estratégias erradas para se comunicar com ele. A comunicação é uma ferramenta muito importante em nossas vidas. Com ela conseguimos trocar experiências e nos expressar.
Para que a comunicação seja efetiva, é necessário que a mensagem que quem comunica quer passar chegue até a pessoa desejada. A falta de assertividade é uma grande vilã nesses casos.
A comunicação assertiva é considerada a forma mais eficiente de comunicação, pois com ela você é honesto ao expressar seus pensamentos e sentimentos e consegue afirmar seus direitos sem violar o direito das outras pessoas.
Na comunicação assertiva você não precisa mentir sobre o que sente, apenas falará sobre isso de uma forma que não magoe ou ofenda o outro.
No caso da comunicação entre pais e filhos, além da falta de assertividade dos pais, também pode existir uma falta de assertividade por lado dos filhos e essa falta de assertividade pode ser devido a imaturidade dos filhos, que ainda estão se desenvolvendo ou até mesmo medo de represálias, o que nos leva a uma outra causa da dificuldade de comunicação entre pais e filhos, a falta de empatia.
A empatia é a habilidade de compreender os sentimentos do outro, sem precisar estar sentindo o mesmo. Muitas vezes os pais têm dificuldade de entender e aceitar os sentimentos dos filhos sobre as coisas, principalmente quando se tratam de sentimentos negativos.
Essa não aceitação costuma deixar as crianças e adolescentes irritadas e acabam evitando a conversa com ou pais.
Uma outra possível causa é a divergência de interesses e necessidades. Enquanto para os pais é importante que o ambiente esteja limpo e organizado, por exemplo, a criança quer mais é explorar e ambiente e brincar.
Enquanto o adolescente quer ficar por vários minutos tomando banho e pensando na vida, os pais estão preocupados com o horário de chegar no compromisso. Esse conflito de interesses somados a falta de empatia e de assertividade é o combo perfeito para que o conflito se instale.
Estabelecer uma comunicação assertiva com seu filho é simples, mas não necessariamente fácil. Isso porque comunicação é um hábito e mudar hábitos não é tão fácil.
Além disso ao se comunicar de maneira assertiva é necessário que você esteja receptivo para que seu filho também seja assertivo com você.
Vou te mostrar 3 formas de você melhorar sua comunicação com seu filho:
- Não grite – gritar não tem nenhuma eficácia na mudança de comportamento, além disso quando você grita você acaba prejudicando o efeito da mensagem que quer passar. Somado a este faro, gritar pode gerar prejuízos no desenvolvimento de seu filho.
- Fale de forma empática – ao falar de forma empática você valida os sentimentos do seu filho, sem deixar de expressar os seus. Por exemplo: O pai conversando com seu filho adolescente que não quer participar de um evento de família pode dizer: “Eu percebo que você está entretido com sua série e considera essa atividade mais importante que ir no aniversário da sua tia. Vou te explicar meu ponto de vista sobre a importância da sua presença neste evento”.
- Demonstre de forma clara e sem ofensas seus pensamentos e sentimentos com relação ao comportamento de seu filho – falar sobre seus sentimentos ajuda a seu filho te entender assim como o ensina a reconhecer os próprio sentimentos e a contá-los a você. Por exemplo: “quando você deixa seu quarto bagunçado eu me sinto irritado pois prezo pela organização de nossa casa”.
Como eu disse anteriormente, a utilização da comunicação assertiva não é difícil, mas por envolver uma mudança de hábito pode não ser algo simples de fazer.
Dessa forma o auxílio de um psicólogo pode ser útil, visto que além de auxiliar nessa mudança, pode identificar outros fatores que está afetando a sua relação com seu filho e trabalhar junto com vocês para que ela seja melhor.
Não deixe de procurar ajuda!
Há esperança.