O uso de suplementos tem se tornado cada vez mais comum no mundo todo. Dentre esses, multivitamínicos, vitamina D, cálcio e vitamina C estão entre os mais utilizados. Apesar disso, não existe consenso sobre a efetividade ou a necessidade de se suplementar qualquer nutriente para diminuir os riscos de eventos cardiovasculares (infarto, por exemplo) ou para reduzir as taxas de mortalidade por todas as causas.
Um estudo recente revisou a literatura científica disponível para tentar responder quais são os efeitos da suplementação sobre a saúde cardiovascular. Os resultados mostraram que, dentre os suplementos estudados, apenas ácido fólico e vitaminas do complexo B diminuíram as chances de infarto e de doenças cardiovasculares. Por outro lado, a suplementação de antioxidantes e niacina (vitamina B3), ao invés de diminuir, aumentou o risco de mortalidade por todas as causas. Multivitamínicos, cálcio, vitamina C e vitamina D não alteraram o risco cardiovascular ou de mortalidade.
É importante ressaltar que a suplementação, pode apresentar resultados benéficos para algumas doenças e não para outras. A ingestão elevada de ácido fólico, apesar de parecer protetiva para o coração, pode estar associada ao aumento do risco de câncer de próstata. Já a suplementação com vitamina D e cálcio parece ser interessante em diabéticos e pacientes com câncer colorretal, respectivamente.
Diante de tudo isso a orientação continua a mesma: para se atingir as recomendações de vitaminas e minerais, o foco deve ser nos alimentos e não nos suplementos. Uma alimentação equilibrada e variada fornecerá os nutrientes adequados para promover a sua saúde e a do seu coração.
Se você já apresenta alguma condição que aumente o risco cardiovascular e esteja interessado em evitar eventos adversos, procure um nutricionista para avaliar todo o contexto em que você está inserido, seus gostos e hábitos de vida a fim de determinar quais são as medidas que devem ser tomadas, além de avaliar a necessidade ou não de associar alguma suplementação.
Até a próxima!