A neuropsicologia é uma ciência recente. A década de 90 foi marcada como a década do cérebro, pois houve um grande avanço na compreensão dos mecanismos biológicos cerebrais subjacentes às funções mentais.
A neurociência ganhou força, e conseguiu cada vez mais espaço e atenção. O desenvolvimento no campo da biologia molecular, da genética e as tecnologias de imageamento e mapeamento cerebral permitem muitas descobertas na fisiologia neuronal bem como fazer uma correlação entre esta e os diversos fenômenos observáveis do comportamento humano.
No século XX já era inegável as ligações entre o sistema nervoso central e os fenômenos mentais. Na primeira metade do século XX, cientistas juntaram evidências a respeito da influência que o modo de perceber uma situação exercia sobre o comportamento, e constataram que a aprendizagem, por exemplo, não era tão simples como acreditavam os behavioristas.
Avançando para a década de 80, psicólogos cognitivos juntamente com neurocientistas, cientistas da computação e filósofos, desenvolveram teorias com comprovação empírica mostrando que mente e cérebro estão integrados.
E na década de 90, já destacado anteriormente como a década do cérebro, surgiu, então, o campo da neurociência cognitiva, partindo da crença de que o cérebro possibilita a mente e permite atividades cognitivas como o pensamento, a linguagem e a memória.
Afinal, em que consiste a neuropsicologia?
A neuropsicologia constitui-se como uma ciência interdisciplinar dentro das neurociências. Surgiu, principalmente, da observação de alterações em processos psicológicos após lesões cerebrais locais. Teve grande contribuição de Broca e Wernicke, neurologistas que estudaram pacientes afásicos e tiveram seus nomes vinculados a áreas cerebrais.
Atualmente, para além da localização de funções no cérrebro, a neuropsicologia busca compreender a relação cérebro-cognição-comportamento. A neuropsicologia cognitiva colabora para a compreensão da mente humana e como esta se organiza e funciona.
Na psicologia, esse conhecimento contribui em diversas vertentes. Na avaliação neuropsicológica, por exemplo, permite identificar mais precisamente as habilidades desenvolvidas e aspectos mais deficitários a nível das funções cognitivas, contribuindo para um tratamento mais compatível com as necessidades de cada pessoa, inclusive para nortear as diversas especialidades, visto que muitos tratamentos necessitam de intervenção multidisciplinar (neurologista, psicólogo, fonoaudiólogo, pedagogo, etc.).
As demandas para esse tipo de avaliação estão ligadas a alterações cognitivas e/ou comportamentais, em qualquer faixa etária. Normalmente as demandas infantis vem de dificuldades de aprendizagem e comportamentais. Os adultos muitas vezes são encaminhados para avaliação a fim de identificar comprometimentos decorrentes de AVC, traumatismo cranioencefálico. E nos idosos geralmente para ajudar na identificação ou acompanhar evolução de processos degenerativos do cérebro, como as demências.
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Referência Bibliográfica
Malloy-Diniz, L.F & cols. (2016). Neuropsicologia: aplicações clínicas. Porto Alegre: Artmed.
Seabra, A.G. & Dias, N.M. (2013). Avaliação Neuropsicológica Cognitiva: Linguagem Oral. Vol.2. São Paulo: MEMNON Edições Científicas.