Educar os filhos é um dos trabalhos mais importantes que temos ao nos tornarmos pais. Ensinar o que é certo e errado, estabelecer limites, corrigir comportamentos inadequados, tudo isso dá muito trabalho e nem sempre sabemos a melhor forma de fazê-lo.
O castigo é a estratégia mais comum encontrada pelos pais para disciplinar os filhos. No geral, as pessoas pensam que o castigo irá não só acabar com o comportamento indesejado, como também estabelecerá regras e limites para os filhos. Mas será que o castigo funciona?
Quando falo de castigo estou me referindo à qualquer ato de repreender no qual se faz uso da força física ou da voz para gerar um incomodo na criança através de uma experiência negativa e evitar que o comportamento se repita.
Entretanto o castigo não é eficiente para ensinar o que é certo e acaba que seu efeito não é permanente, visto que não ensina qual é o comportamento desejado, sendo provável que o comportamento inadequado se repita na ausência do adulto punidor.
Além disso o castigo pode gerar consequências negativas no desenvolvimento das crianças, assim como podem gerar um afastamento entre a criança e o adulto que aplica o castigo.
Vale ressaltar que disciplinar e castigar não são a mesma coisa. Ter disciplina significa ser obediente a um conjunto de regras e normas implementadas por determinado grupo e, cumprir as próprias responsabilidades.
Dessa forma, disciplinar é ensinar à criança quais são os comportamentos esperados dela.
Uma alternativa ao castigo é estabelecimentode quais os comportamentos que você espera que seu filho tenha e quais as regras que você espera que ele cumpra, mostrando a ele quais são as consequências do não cumprimento desses combinados.
Deve-se levar em conta a idade da criança, já que crianças muito novas não conseguem entender bem a noção de causa e efeito.
Outra estratégia é dar mais foco para os comportamentos positivos que os negativos. Muitas vezes tendemos a estar sempre pontuando o que a criança está fazendo de errado e damos pouca atenção aos comportamentos desejados. Dessa forma sempre que a criança quiser a sua atenção ela utilizará desses comportamentos indesejados para consegui-la.
Assim, procure pontuar o comportamento que a criança teve e que foi positivo e elogiar, pois, assim esse comportamento será reforçado, aumentando a chance de que ele se repita no futuro.
Por fim, evite fazer ameaças que você não pretende cumprir. É muito comum vermos casos de pais que diante do comportamento indesejado ameaçam seus filhos, por exemplo, falando que, se o comportamento continuar, eles não poderão jogar vídeo-game por uma semana e acabarem deixando eles jogarem no dia seguinte.
Essa falta de consistência deixa as crianças confusas e te faz perder a credibilidade com seu filho, tornando futuras ameaças ainda mais ineficientes.
Disciplinar os filhos é um grande desafio e nenhuma criança nasce com manual de instruções. Por isso é importante sempre estudar sobre o assunto e buscar orientação profissional.
O psicólogo é um dos profissionais pode te auxiliar nessa jornada. Conte conosco!